quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O TANOEIRO


O TANOEIRO


Foto de  José Fangueiro


Tu, nobre tanoeiro do  tempo passado,
 Tu que és mestre desta arte ancestral,
Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado,
Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!

Desde o tempo dos Fenícios, Romanos
E, claro, dos Cartagineses também,
Nesta arte que dura há muitos anos,
Um trabalho árduo -  agora de quase ninguém!


Tu, tanoeiro deste tempo presente,

Onde a tua profissão é quase ausente..
E já perdeu de outros tempos, o fulgor,
Porém, ainda trabalhas com suor e amor!
.


Foto de José Fangueiro, Tanoaria Josafer, Esmoriz, Portugal
As pipas, os barris...são a tua vida tão definida!
Tu ilustre homem que tens calos em cada mão,
Tu que és o artista de uma arte esculpida,
Pelo pesado malho e pelo pelo teu coração...



Ó tanoeiro do tempos que ainda virão,
Espero que a tua profissão não deixe de existir...
Mesmo que não sejas do pipas do vinho, artesão...
Que continues outros produtos modernos a produzir!


A vós todos presto a minha homenagem sentida,
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida,
Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!




Dos nobres tanoeiros - descendente também sou
E nunca  a minha origem, irei renegar,
Por esse motivo também, aqui a rimar,  estou,
É a minha forma de igualmente vos eternizar!




Este poema foi escrito em quadras, porque as quadras são o tipo de verso mais relacionado com a poesia popular e os tanoeiros são ilustres artistas populares



sábado, 6 de fevereiro de 2016

As Novas Aventuras do Cão Vicente

 -O CÃORNAVAL

Imagem: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/6526-desfile-de-carnaval-dos-animais-no-rio-de-janeiro?mobile

Imagem de: https://www.youtube.com/watch?v=43qvYL3Wii8


Cá se apresenta de novo neste período cãoturbado, o nosso amigo e cãonhecido Cão Vicente - o cãonídeo, o cãonito aldrabão, cãofuso e extremamente incãosequente.
Como estamos em época de Cãornaval, o nosso amigo patudo quis mascarar-se de uma criatura nada normal!
Ele decidiu ir a todos os Cãornavais do país, cãotasiou-se de cãokrenstein e foi cirandar por todo o país -até foi à Madeira este cãonijo infeliz.
Vestido de cãokrenstein estava mesmo horripilante, nojento e tinha fumado cãonabis, o cãozado - a ganza era boa cãolidade que ele andou a sambar a toda a velocidade!
Entretanto, não tinha tomado a banhoca. Estava pulguento e cãorracento e nem sequer deu banho à minhoca!
Acãoteceu um azar enorme e ele mais uma vez , meteu-se em cãofusão lá na Ilha das Bananas, cãometeu iliegalidades, mas não foi para a prisão - mandaram-no para o cãotinente cão  termo de identidade e residência, acãopanhado, porém de uma cãoleira último modelo para matar a pestilência!
E, lá regressou ele, cão uma pata à frente, outra atrás, sem o seu fato cãornavalesco...este cão era mesmo fresco!
Cá no cãotinente -cãotinente,  não é o hipermercado, ó CãocerTina - a ex cadela dele e profissional do sexo na dita área fina. Ela já estava a ficar literalmente com pulgas atrás da orelha,cão medo de cão ele se cruzar e depois até saltavam chispas no ar! E ela era burra, tão burra - que até parecia que o cérebro saía do sítio e ia voar!
Ele já não sabia mais do que se mascarar...tinha ficado sem fatiota...estava agora com ar de idiota, junto à porta do tribunal - tinham-lhe marcado uma audiência...para o cãodenar pela sua falta de prudência.
Imaginem que na Madeira quis fazer-se a uma linda cadela...mas teve azar, estava lá o namorado dela. Mas mesmo assim, insistente e incãosequente como ele é, agarrou a cadela à força e foi cá um banzé.
Depois da audiência feita com muita sapiência...lá foi ele por todo o pais sem excepcão, festejar o Cãornaval desta vez fantasiado de diabo - que até é mesmo o que ele é - um pobre diabo cãonino pestilento e a cheirar a chulé! 
Para estar mais perto de casa decidiu terminar em Ovar; todavia, não descãosou enquanto, não tivesse tomado do rei e da rainha, o lugar!
Foi sol de pouca dura esta pequena aventura -desde a cãomara, à polícia e também à organizacão - ele foi a sambar com um pontapé no rabo directamente para a prisão.
Ele não serve para rei nem para coisa alguma -ele só sabe armar cãofusão - é como um grande cãonal que cãoduz à asneira; porém, nem no Cãornaval ele se livra da justiça derradeira.
Pensava este desgraçado, cãonito  - rei da estupidez, que por ser esta época festiva tudo poderia fazer,«: - «ah e tal é Cãornaval e ninguém leva a mal!». Ah, pois, mas estava enganado... ele deve aprender que em sociedade não se pode fazer o que se quer e que a nossa liberdade termina quando cãomeça a do outro e assim tem que ser. ...E que a vida são dois dias e o Cãornaval três dias são, cãoquanto é preciso ter juízo para não andar sempre na vida em cãotramão, pois então, ó cão!