Foto de José Fangueiro
Tu, nobre tanoeiro do tempo passado, Tu que és mestre desta arte ancestral, Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado, Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!
Desde o tempo dos Fenícios, Romanos E, claro, dos Cartagineses também, Nesta arte que dura há muitos anos, Um trabalho árduo - agora de quase ninguém!
Tu, tanoeiro deste tempo presente,
Onde a tua profissão é quase ausente.. E já perdeu de outros tempos, o fulgor, Porém, ainda trabalhas com suor e amor!.
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Foto de José Fangueiro, Tanoaria Josafer, Esmoriz, Portugal |
As pipas, os barris...são a tua vida tão definida!
Tu ilustre homem que tens calos em cada mão, Tu que és o artista de uma arte esculpida, Pelo pesado malho e pelo pelo teu coração...
Ó tanoeiro do tempos que ainda virão, Espero que a tua profissão não deixe de existir... Mesmo que não sejas do pipas do vinho, artesão... Que continues outros produtos modernos a produzir!
A vós todos presto a minha homenagem sentida,
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida, Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!
Dos nobres tanoeiros - descendente também sou E nunca a minha origem, irei renegar, Por esse motivo também, aqui a rimar, estou, É a minha forma de igualmente vos eternizar!
Este poema foi escrito em quadras, porque as quadras são o tipo de verso mais relacionado com a poesia popular e os tanoeiros são ilustres artistas populares
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