quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O TANOEIRO


O TANOEIRO


Foto de  José Fangueiro


Tu, nobre tanoeiro do  tempo passado,
 Tu que és mestre desta arte ancestral,
Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado,
Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!

Desde o tempo dos Fenícios, Romanos
E, claro, dos Cartagineses também,
Nesta arte que dura há muitos anos,
Um trabalho árduo -  agora de quase ninguém!


Tu, tanoeiro deste tempo presente,

Onde a tua profissão é quase ausente..
E já perdeu de outros tempos, o fulgor,
Porém, ainda trabalhas com suor e amor!
.


Foto de José Fangueiro, Tanoaria Josafer, Esmoriz, Portugal
As pipas, os barris...são a tua vida tão definida!
Tu ilustre homem que tens calos em cada mão,
Tu que és o artista de uma arte esculpida,
Pelo pesado malho e pelo pelo teu coração...



Ó tanoeiro do tempos que ainda virão,
Espero que a tua profissão não deixe de existir...
Mesmo que não sejas do pipas do vinho, artesão...
Que continues outros produtos modernos a produzir!


A vós todos presto a minha homenagem sentida,
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida,
Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!




Dos nobres tanoeiros - descendente também sou
E nunca  a minha origem, irei renegar,
Por esse motivo também, aqui a rimar,  estou,
É a minha forma de igualmente vos eternizar!




Este poema foi escrito em quadras, porque as quadras são o tipo de verso mais relacionado com a poesia popular e os tanoeiros são ilustres artistas populares



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