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Daquela fábrica feia, tétrica e sem vida
Um casal de cegonhas, faz sua morada anual...
E não faz do Outono a sua breve despedida!
Belas aves, que passeiam pelo meu quintal
O pai amoroso, à procura de alimento,
Qual rei intrépido dos céus de Portugal,
Procurando o conforto para fêmea e rebento.
Ó aves que bom augúrio trazeis,
Tu, cegonha, fiel amante,
Podes não trazer no bico, a criança...
Mas carregas nas asas, a esperança!
Trazes a esperança da Primavera...
A esperança de novo porvir,
De um Portugal a sorrir!
Ó cegonha, no Levítico és imunda...
Ó tristeza é do ser ignorante
És de pureza profunda...
Rainha do bom presságio...
E,dos céus, diamante!
Ó cegonhas, de um poema que nunca fiz,
Ó cegonhas da Barrinha ditosa.
Ó aves cegonhas daquela chaminé em Esmoriz...
Aves de uma beleza fulgurosa!
Ó cegonhas do tempo de criança,
Ó cegonhas dos tempos de agora,
Trazei nas asas um bom destino,
Um destino que não demora!
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