quarta-feira, 30 de março de 2016

Cegonha, ave do bom augúrio

imagem Google



Lá no topo daquela chaminé triste e ancestral
Daquela  fábrica feia, tétrica e sem vida
Um casal de cegonhas, faz sua morada anual...
E não faz do Outono a sua breve despedida!


 Belas aves, que passeiam pelo meu quintal
O pai amoroso, à procura de alimento,
Qual rei intrépido dos céus de Portugal,
Procurando o conforto para fêmea e rebento.


Ó aves que bom augúrio trazeis,
Tu, cegonha, fiel amante,
Podes não trazer no bico, a criança...
Mas carregas nas asas, a esperança!

Trazes a esperança da Primavera...
A esperança de novo porvir,
De um Portugal a sorrir!


Ó cegonha, no Levítico és imunda...
Ó tristeza é do ser ignorante
És de pureza profunda...
Rainha do bom presságio...
E,dos céus, diamante!


Ó cegonhas, de um poema que nunca fiz,
Ó cegonhas da  Barrinha ditosa.
Ó aves cegonhas daquela chaminé em Esmoriz...
Aves de uma beleza fulgurosa!

Ó cegonhas do tempo de criança,
Ó cegonhas dos tempos de agora,
Trazei nas asas um bom destino,
Um destino que não demora!





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