domingo, 12 de junho de 2016

A inocência pueril

cirandinha -imagem do Google


Brinca a criança, brinca o petiz...
Faz amigos em todo o lado...
Mas é assim que também é feliz!

Na alma carrega a inocência,
Rebeldia nos cabelos...
Olhar de marotice...
Sorriso de meiguice!

Para a criança todos são amigos,
Não se importa quem é...
Nem é importante o nome saber...
Basta voar na brincadeira e viver!

Criança da inocente alma...
Tempestade que gosta de correr
Vento que, por vezes acalma...
Chuva, Sol...nuvem a chover...

Inocência, pureza bem infantil
Inocência, pura, por vezes maldosa...
Doce criança, rosto pueril!

Arco-íris da marota imaginação
Arco com o número da perfeição
Que colore a vida também dos graúdos..
Como o tesouro que o duende, esconde...
Lá bem longe, mas tão perto do coração!



Às alimárias


Em todas as circunstâncias desta vida mundana,
Encontramos as brutas, feras, as alimárias...
Gente que se acha inteligente, porém, insana...
Cavalgaduras, bossa de estupidez - dromedárias!
Acham-se mais inteligentes que os demais,
Esta gente, que no fundo, não tem eira, nem beira...
Têm problemas de personalidades brutais...
Inveja, ciúme, fontes eternas da parvalheira!
Quem quer ser lobo, a sua pele, não deve vestir...
É o que diz o já muito ancestral e popular adágio,
Há lobos com pele de cordeiro, por aí a sorrir
É a falsidade desta gente, o seu apanágio!
Gentes brutas, feras; por vezes, animais irracionais:
Não estragueis, por conseguinte, a vida dos demais...
Com vossas palavras, actos, de bestas primárias...
Podereis sempre mudar e deixais de ser alimárias!
Procurai aprender, para não perderdes a esperança!
Ó alimárias desta vida - ser estúpido, é opção!
Estareis sempre a tempo da nobre mudança...
Olhai para dentro da vossa mente e do vosso coração!

Ode linguaruda às Brízidas Vaz



Ó Brízida Vaz, da língua viperina...
És a linguaruda-mor, bruxa tenaz...
O teu veneno vai daqui até à China...
Tua língua parece andar da frente para trás!
Alcoviteira, coscuvilheira, codrilheira...
Ó sua ignóbil faladora, trapaceira e feia!
Cada vez que falas da vida alheia,
Deverias ficar, com samicas de caganeira...
Língua de sapo, rainha coroada da fofoca,
Língua maldizente, língua de quiabo...
Dizes mal de toda a gente - língua porca...
Não tens cornos, mas és parente do diabo!
Ó Brízida Vaz, que não estás em extinção...
Habitas em Portugal e por esse mundo fora...
És exemplo de língua comprida da podridão...
O teu veneno é mordaz e sem demora!
Às Brízidas Vaz desta vida inconstante,
Que no caminho, poderemos encontrar...
Tenham cuidado com o veneno cortante...
As vossas línguas com lixívia devereis lavar!
Cuidado com o que dizem, línguas de trapos...
A vida é um espelho que reflecte vossos actos...
O Karma existe para o bem e para o mal...
Um dia o vosso veneno, será o vosso final!

25 de Abril

Ri a chorar o canto da liberdade
De um Abril já um pouco distante...
Chora a liberdade e com saudade...
Dos tempos do cravo rubro vibrante!
Morreu a ditadura, ou quer parecer
Liberdade de expressão, podemos ter...
Podemos votar em liberdade viver;
Ideias que não conseguiram sobreviver...
Liberdade disfarçada de corrupção,
Liberdade que faz sofrer cada irmão...
Políticas de constante decepção...que nos
Vão ao bolso da alma, chupando cada tostão!
Europa, ditadora, também com capuz...
Disfarçada de anjo de intensa luz...
Sugadora, muitas vezes do pobre coitado...
Que já carrega outros erros do seu fado!
Nas armas da decepção deste país,
Já não há a criança feliz e inocente...
Que coloca a encarnada flor feliz
Que evita as balas de uma arma hoje doente....
Há muita coisa que se conquistou....
Tanta outra que se almejou...
Mas o que não falta são ladrões...
Trapaceiros, corruptos e outros aldrabões...
Povo adormecido de Portugal, acordai
Saiam da letargia dormente e profunda...
Para que o 25 de Abril seja de novo o pai
Da justiça, da liberdade, da igualdade jucunda!
Regai, povo deste país nobre e belo
Nos jardins, da vossa consciência...
O novo cravo de Abril,lindo e singelo...
Seja regado sem corrupção e com decência!

OS MELROS



Aves da cor do tição,
Aves de bico amarelo...
Qual deles, o mais saltitão?!
O mais malandro, o mais belo?!

Pássaros daquele jardim,
Que me esperam dia a dia...
Parece que fogem de mim...
Mas querendo a minha companhia!

Divinos reis da negra e linda cor,
Esgaravatais à procura de alimento.
Saltais alegremente de flor em flor...
Nobres arautos do meu sentimento!

Não, não tenho sentimento de negritude...
Não tenho a alma de escura cor...
Mas nestas aves é cor da magnitude...
E na minha, pode ser, quiçá de amor!

Ao preto, se pode juntar um jardim colorido,
Naquele em que eles me esperam em Ovar...
Florido de um amor tão concreto e indefinido,
Como é apanágio de um amor a esvoaçar!

Belíssimas aves, sopranos cantores,
Que habitais o reino azul dos céus,
Cantais em assobios os dissabores..
Nas penas, trajais os negros véus!

Ó aves negras, mas da boa sorte...
De uma beleza enorme, sem igual...
Sois da vida e não da crua morte...
As asas, são a capa do fado de Portugal!

Imagem do google, porque os melros do jardim em Ovar, não páram quietos