O DIA DE CAMÕES
Mais uma vez e, porque é dia de Camões, de Portugal e das Cãomunidades, cá temos as Aventuras do Cão Vicente: o cão que arma sempre cãofusão, o cão cãonastrão, armado em especialista camoneano e aldrabão!
Agora, o cãoceituado Cão Vicente, armado em importante, como lhe é natural, resolveu homenagear aquele que é cãosiderado o maior poeta de Portugal.
No dia 10 de Junho, dia muito importante para o país - este cão, cãotagioso na asneira, resolveu, logo, homenagear o famoso Luís.
Cãomeçou por declamar «Os Lusíadas», mas nada daquilo, entendia: não podia dar a pata a torcer, para não ficar mal na fotografia!
Das Armas e do Barões assinalados e de tudo o resto, era um cãovicto ignorante, até tinha medo e acreditava na veracidade do Adamastor, este ignóbil e cãopioso tratante!
Ao analisar a obra, então, é que foi: até uma cãotusão na alma do poeta, causou: cãofusão, atrás de cãofusão, até os cantos trocou!
Nem sabia o número de cantos, nem o que era um verso ou uma estância -era de bradar aos céus a sua cãostante ignorância! Este néscio cãoterrâneo, era mesmo de aos céus bradar: nem com os deuses do Olimpo e as Tágides, ele iria, cãorrectamente, os versos analisar!
O que ele queria era chegar à Ilha dos Amores; já estava cão pensamentos pecãominosos e nem todos os velhos do Restelo, serviriam para travar estes cãostrangimentos libidinosos. Fez uma análise muito livre deste canto amoroso, naquela cãobeça torta ia um bacãonal jeitoso! Até Baco, se cãotorceria, cão desfaçatez tamanha, nem cão todo o vinho do mundo, seria possível tal patranha!
Nem um Cãocílio dos Deuses, o poderia salvar: estava cãodenado a ser um idiota cãotínuo e sem se saber cãotrolar.
Mesmo que ele quisesse, nunca passaria além da Taprobana: se as asneiras dele e os pensamentos cãotassem e, sem passar pela Casa Partida ele, iria directamente de cana!
O pior, porém; foi quando ele à lírica, passou - novamente um cãotrabando de parvoíces, cãotagiantes asneiradas sem fim; mas, também não se poderia esperar melhor de um cérebro que só cãotem amendoim!
O pior, cãotudo, foi quando, ele meteu naquela cãobeça, que poeta se queria tornar, aproveitando a deixa de um Coelho que o mandou emigrar!
Ele não entendia patavina de poesia, nem sabia sobre rima solta, nem de versos a rimar: a asneira não saia a cãota-gotas, mas saía depressa e sem cessar!
Ele, até tentou, o poeta ilustre cãopiar, mas saiu algo com erros e assim:
Verdes, são os cãompos
Do meu cãoraçom...
Cada vez que me apaixono...
Lebo um grãode melão!
Amor, é fogo que arde sem se ver,
É ferida que doi e não se cente,
É um cãotentamento descãotente,
É dor que desatina, e me faz aquilo que não bou escerever!
Diante de tamanha poesia cãotraproducente, pelo meio ainda bebia um cãopozito de aguardente!
Neste dia 10 de Junho, quis também festejar Portugal e as Cãomunidades: resolveu, entrar, então numa cãorrida para flertar as divindades! Armado em poeta, para as musas cãoquistar, recebia era um par de estalos por causa das ordinarices que estava a ladrar!
Igualmente cão(Vencido) de que era um atleta de excepcão, vencido pela fadiga, desmaiou e caiu no chão. Vieram os para-médicos e um bombeiro, que apesar de o ajudar já sabia da sua fama de cãocubineiro!
Depois de tanta desventura e de tanta asneira a proliferar de par em par, hoje é dia de aproveitar o feriado e de Camões, cão toda a certeza, louvar!
Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos
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