A Cãosoada
Aqui se apresenta de novo o Cão Vicente: o cão natalício, mas que só liga a um bom presente.
Hoje é dia de cão soada na casa do Cão prepotente: a cadela, não voltou da lua-de-mel e acabou por ficar num bordel! Então, triste, só, sem estilo: tinha só a cãopanhia, da mãe, do pai, da velha tia e do amigo CãoCrodilo…
Esperava receber muitos presentes e não dar nenhum: comprou tudo a cãotragosto e tudo cãotrafeito e não era nada de jeito. Ele era mesmo um grande sovina; por um lado, livrou-se de boa a ex-cadela CãoCertina.
A mãe foi cãonivente e ficou no Cãosaquistão com a filha mal cãoportada , cãotudo, foi tudo uma grande fantochada!
Havia um presépio, uma árvore de Natal e até um Pai-Natal, mas, em cãotrapartida faltava o espirito de Natal.
Comeram peru, porque o cão não gostava de bacalhau famoso– cãomeram frutas e doces cãoseiros , mas não foi assim tão gostoso! O peru estava muito cãodimentado e causou descãoforto intestinal e acabaram todos por ir parar ao hospital.
Vieram cedo de lá e depois o Cão ficou sozinho sem ninguém mais para a cãosoada: comeu cãoservas (porque não tinha dinheiro) e jogou cãosola até à alvorada.
Esperava receber mutos presentes: para ele, era isso, o mais importante
Mas, antes, por volta da meia-noite, a sua mãezinha levou- o a ir à Missa do Galo, não foi nada cãodescendente , pois, para ele ir, teve de obrigá-lo.
A eucaristia foi celebrada pelo cão(Frade) Cãorado, um padre cãogolês, que falava mal o Cãotuguês. Ele também era muito cãomilão e só gostava de cãomarão e pertencia a uma cãofraria e ,era ele, o que mais comia.
À vinda de missa, o Cão veio em cãotramão – apanhou uma multa valente e ficou sem tostão!
Depois de uma véspera cãoturbada, veio o dia de Natal –em casa da mãe e a comer caldo de galinha sem sal.
E, por quê? Porque bebeu muito cãonhaque…ficou tão mal disposto que até parecia que lhe ia dar o traque. Então, a cadela-mãe, fez uma sopinha e uma scomidas cãofeitadas com amor e, logo ele ficou melhor.
Mas este cão, além de azar, era aldrabão e cãogratulava-se das suas façanhas: esperava a passagem de ano, para as suas incãocebíveis artimanhas!
A mãe bem lhe dizia:
- Ganha tino, ó Cão Vicente, vê se entras nos cãoformes, por favor - para o ano estuda Cãotabilidade para seres um doutor. Fizeste tanta borrada este ano, mas que cãofrangedor!
- Aprende, Cão Vicente, retorquiu o CãoCrodilo: cãosciencializa-te das tuas asneiras incãosequentes , porque, senão, algum dia, alguém se chateia e ficas sem dentes!
A Cãosoada ficou estragada e o Natal também: vamos ver como ele se portará na passagem de ano e para o ano que vem!
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