domingo, 11 de setembro de 2016

AS NOVAS AVENTURAS DO CÃO VICENTE

- NO CÃOCELHO DE OVAR PARA OS POMBOS ESPANTAR


E, eis que nesta cãotracena da vida -agora no cãocelho de Ovar a morar, encãotramos novamente -  o inenarrável, o incãofundível, o incãopreendido, o cão(vencido), incãotornável, o incãocebível, o impertinente, o incãonstante, o cãonana (conana na linguagem dos Homens) - o Cão Vicente: o cão aldrabão, mentiroso, prepotente e deprimente que queria ser presidente.
Depois do seu périplo pelo país, este ser, criatura cãonina assentou arraiais no cãocelho  de Ovar, digno território da emocão, do Cãornaval, um cãocelho sempre a bombar.
  Para se sentir mais perto do Altíssimo foi morar para ao pé da igreja matriz, vizinho do cemitério, em Ovar e não em Esmoriz. Foi a sua tia que decidiu morar ali, a sua velha tia que ia para a praia do Furadouro mostrar as banhas em triquíni. No início, foi a cãotragosto; mas depois pensou com os seus botões que era bom viver ali: a vista era incãomum, os vizinhos muito tranquilos e nada cãoflituosos e iria pagar menos IMI.
 Mas, claro que este cão iria fazer das suas: nem nos vale a pena entrarmos em cãojunturas! Sabemos de antecão, (antemão na linguagem dos seres de duas pernas humanos), que o Cão Vicente, em algum lado, faz sempre das suas: tenta chegar ao poder com as suas cãostantes falcãotruas.  
Meteu-se naquela cãobeça  que queria ser presidente: começou pela Cãofraria do Pão-de-Ló, a ver se destituía quem lá trabalhava cão afinco sem cãocessão e sem dó!
 A ideia de ser presidente não lhe saía daquela cãobeça  de cãodrilha - queria até ser presidente da câmara depois de ser da cãofraria.
Então, achou, que o melhor modo de cãoquistar tal lugar - seria fazer parte da oposicão - só fazia e queria coisas do arco da velha, este cãofragoso cão. Ele até morava perto do malfadado cine-teatro que ruiu e ainda bem que não matou ninguém, nem o seu pior inimigo, que seria qualquer gato! Depois da demolicão parcial, ficou com uns vizinhos alados que ficaram desalojados. E, ele criticou muito esta  parcial demolicão, mas ele nunca estava bem cão nada, por isso, não é de admirar -sem primeiro ver e saber e para depois cãostatar.
Ui, quanto aos pombos, eram ainda mais porcos do que ele - verdadeiros aviões cão torpedeiros. Já eram uma praga em Ovar - em muitos sítios acabavam por defecar. Os pombos não têm GPS incorporado; por isso, desde o bom, ao mau, do mais amigo, ao mais reles, eles cagam em todas as carolas que lhe fazem oposicão!
Na cãosota do Cão Vicente é que era um verdadeiro centro de ataque terrorista pombalino; porém, cãotado dele - este descãocertante ser viperino!
-  Ora, Cão Vicente, mas os pombos também queriam pagar menos IMI  -  foi esse, o motivo de quererem morar perto de ti! Junto a uma ETAR, nem pensar  -ainda morriam todos asfixiados pelo mau cheirar!  Então, nada melhor, que para menos pagar, irem perto do cemitério morar! Sim, porque o maluco, cãodenável Cão Vicente queria tentar quando fosse para a câmara que pagasse IMI, todo o ser vivente e senciente!Lógico, que sendo da oposicão, tudo o que era feito quase nada lhe agradava; ou mesmo nada, mas ninguém o levava a sério, pois só fazia cãostantemente trapalhada!
Descãotente igualmente com os pombos cãogões, pediu reunião camarária, para lhes propor uma ideia, digamos assim, algo louca e cãotrária! Afinal, que ideia torta era essa deste ser que mais parecia um boneco das Caldas -ah, pois, queria os pombos do cãocelho todos de fraldas!
  Claro, está que a câmara achou um disparate: pombos cão fraldas, atraídos com pão-de-ló - acharam logo que ele estava cada vez mais totó! Cãoquanto, mesmo assim, avançou cão esta ideia e obrigou a velha tia a fazer e coser fraldas durante meses -  o dia e a noite inteira!
Obviamente que era preciso arranjar uma solucão; todavia, esta ideia louca e cãofrangedora, não!
Até o seu arqui - inimigo FalCão, pensou em ajudar, já que ele era bom em pombos, dispersar. Mas só queria ajudar porque uma pomba não lhe deu troco -foi essa a vingança deste também reles bicharoco!
cãotinuava o cão a cãoleccionar inimigos mesmo na oposicão - mas afinal, quem iria, querer na câmara aquele ser cão chulé,  cão cérebro cãotraproducente e um grande aldrabão?!
Até nas praias do cãocelho fazia das suas artimanhas e cãoscuvilhices  -pena, que não olhasse por ele abaixo, este mestre das trambiquices! 
 Sempre a querer cãoquistar do mesmo modo as doces donzelas, com cãotigas de burlista, este cão oposicionista!
 Claro que seria preciso malhar neste ser descãotente, ignorante, ultrajante ser de quatro patas e que sabia latir, mandá-lo trabalhar numa ETAR. Lá poderia bulir de forma cãostante. Ele já fazia literalmente, ou não, matéria fecal da sua vida de coisas loucas...agora, iria, trabalhar todos os dias, nesta perfumada indústria como há poucas.
Aprende, Cão Vicente, dizia-lhe depois a sua velha, experiente e ajuizada tia para ele não cãotinuar a levar vida reles e deprimente, pois, nem na cãodeia alguma vez seria presidente! 

         
  
    
                
                                                                                      
           
               
               



domingo, 14 de agosto de 2016

Os degraus da Vida



Subimos os degraus da vida...
Lentamente- passo a passo...
Um a um, mantendo o compasso!

Lá no topo da alta escadaria,
Que se estende até ao céu...
Encontramos a nossa alma ao léu!


Nesta vida que é nossa evolução...
O que fazemos de bom e de mal...
É fruto da nossa boa ou má plantação!


Má semente, mau fruto, vai gerar...
Nós escolhemos os caminhos...
Mas também os podemos mudar!


Infelicidades, tristezas, neste escada colorida...
Mas também alegrias, orquestras, sinfonias...
Nesta vida, escada em caracol, indefinida!


Por vezes, são os outros que nos impedem de subir...
Almas atormentadas, invejosas, sem amor...
Por vezes, é inevitável, não nos deixarmos cair!

Se cairmos, neste percurso do nosso viver, 
Por cabeça nossa ou de ser amargurado...
Temos que sempre nos levantar -assim tem que ser!



Nestes degraus da vida, sempre a subir...
É  a lei da causa, efeito,
Que também nos está a gerir!


Nesta vida, cada degrau, cada etapa,
É uma constante aprendizagem...
Aprendes até morrer - não te ponhas à margem!








https://www.youtube.com/watch?v=9Q7Vr3yQYWQ

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Onde estás tu?

Onde estás tu?


Onde estás tu? Que não te encontro?!
Perdido nas asas das aves, a voar?
Perdido no ninho dos seus abraços...
Feitos com os ramos do seu piar!


Onde estás tu? Não vens porquê?
Porquê a demorada espera?
Voas antes nas asas do tempo?...
De um tempo de quimera...
Ou será, que valerá a espera?

Onde estás tu, que teimas em demorar?...
Estarás perdido no infinito Universo?!
Perdido no brilho das estrelas...
Numa constelação? Algures no sistema solar?!


Estarás escondido atrás do luar?!
Onde estás tu, que não te consigo encontrar?!
Para quebrar ainda a pequena cratera...
Que ainda precisa de se quebrar!

Não sei quem tu és, onde estás?
Estarás já a caminho para me encontrar?!
O meu corpo e a minha alma...
Estão aqui à espera para te amar!


Estará o Universo já a conspirar?!
Onde estás tu? Porque não consigo te encontrar?
Ó, que tolice, virás quando tiver de ser...
Para alegrar ainda mais o meu lindo viver!


Mas, mesmo assim, onde estás?
Onde te escondes, afinal?!
Estás algures por aí...
À espera do divino sinal!


Onde estás tu, pergunto eu...
Sinto falta sem  ainda te conhecer
Onde estás tu? Onde te escondes?...
Um dia destes, irás aparecer!

Irás aparecer quando tiver de ser...
Depois de limpar as arestas do meu viver..
Onde estás tu...Diz-me, sei que estás aí...
Eu sei que um dia finalmente, te irei ver!




















quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Vou procurar uma casa para eu morar

Vou procurar uma casa para eu morar,
De preferência com uma bela vista...
Onde eu possa ver bem o mar...
E, nas varandas, apanhar Sol na crista!


Vou procurar uma casa para eu morar,
Para levar o meu filho e o Cão Vicente
Que afinal, não pode ser  à beira-mar...
Porque o governo está demente!


Oh,  mas que grande desilusão,
Não posso ter casa com muita exposição solar,
Vou pagar mais IMI, pois, então...
E eles a arranjar mais meios de nos chular!


Vou ter de morar para junto de uma E.T.A.R,
Com belo cheiro e merda a boiar..,
Ou numa mansão com vista para  Jardim das Tabuletas...
Fica mais barato e os vizinhos não são forretas!


Vou procurar uma casa para eu morar,
Eu não quero casa escura - eu gosto exposição solar
E ainda sou muito nova para me finar...
Mas, parece, que para eles, é melhor um jazigo, comprar!


Já não vou procurar uma casa para eu morar,
O I.M.I não vou conseguir pagar...
O Cão Vicente não pára de ladrar...
O meu filho não pára de chorar...
O melhor é um duplex debaixo da ponte, arrendar!


Mas que grande confusão,
Até a luz solar  vai ser taxada,
Qualquer dia nem podemos usar a respiração.
Nem dar um peido, nem nada!

Imagem retirada de: https://www.facebook.com/portugaledetodos/photos/a.1412550488956466.1073741826.1412547602290088/1772446642966847/?type=3&theater






domingo, 31 de julho de 2016

Caçadores de sonhos



Vagueiam na  nossa alma intemporal...
Os caçadores do nosso sonhar!
Fazem do nosso espírito um festival
 Estes perseguidores de ilusões de encantar!


Caçadores de mariposas, borboletas belas...
Caçadores de paisagens e da imaginação
Pintadas no inconsciente, como aguarelas,
São as portas abertas da alma e coração!


Caçadores que nos fazem adormecer,
Ou, que nos fazem sonhar de olhos abertos!
Como fonte de sonhos a renascer!


Sonhos são sempre bons, pesadelos, não...
Enquanto sonhamos, a alma vagueia:
Sai do corpo viajando pela imaginação!








quinta-feira, 21 de julho de 2016

O Regresso do Cão Vicente

 - Regresso  -após licença sabática forjada

    


Depois de um período ausente, regressa o Cão Vicente  -  o cão aldrabão, prepotente, sem encãotamento, incãogruente, incãosequente, incãopetente, incãosistente e todos os palavrões e sinónimos deprimentes que vos venham à mente!
O nosso incãonóbil ser de duas patas traseiras e duas dianteiras, que late bués e é incãopreendido, esteve de licença sabática - licença forjada- é assim mesmo- este morCão de vida errática!
Regressou no Verão - época quente e cãovidativa para ver as cãodelas em biquiní e uma ou outra despida!
 Cãoprou uns calções - último modelo, estilo Zezé Cãomarinha para ir a banhos à Praia da Barrinha!
Durante o seu tempo de ausência, formou uma banda cãonina, formanda por 3 elementos mais a boazona da sua prima. Eram os Cão Vicente e os CãoDemónio, banda que até punha em pé os cabelos de todos os santos, sobretudo o Santo António! 
Eram tão maus, tão maus, mas tão maus, que até era cãostrangedor e eusurdecedor e ninguém queria ouvir esta banda cãonina mais o do chalado cãotor!
A prima boazona, era perita da área fina: usava roupa apertada e reduzida e a sua graça era Cãodessa Micãolina!
Só eram cãovidados para festas locais, como cãotavam e tocavam tão tão mal; no fim, levavam com frutas e putrefactos vegetais. Até levava com as Couves de Bruxelas e as Bolas de Berlim,este cãodenado, enfim!
Mas, agora, como diz uma senhora da Tv que gosta de programas cãofrangedores e fatelas: isso, agora não interessa nada - o que cãota  são as idas à praia para ver, à beira-mar -  as cãodelas!
Chegou à praia, com os seus calções insinuantes - achava-se tão quente e sexy e pronto para a cãofraternização  - achava-se a cereja no topo do bolo, este incãoformável cão!
Atirava-se ao mar, mesmo revolto e cão bandeira vermelha -sempre a pronto  cãoquistar - mas que grande azelha! Qualquer moça mais bonita, era alvo deste cãodoível  ser cãonino - agora estava tão rubro, que mais parecia um cãodimento vermelho tipo cãolorau,  que até tinha queimado o pirilau!
Numa das suas voyeristas cãoquistas, ou melhor, pseudocãoquistas, armou-se em nadador salvador para uma «bella ragazza», salvar, que só depois se lembrou que não sabia nadar -começou a engolir água: glub, glub e começou a se afogar!
Tanto foi o aparato e até deu na televisão, que, vergonha, para o pobre cão!
Mas, como sabem este é um cão de taras e de manias - começou também a cãoçaPokãomons, juntamente com as suas velhas tias! Cãoçava ali, acolá, até debaixo dos biquínis das belas musas prendadas. Oh, coitado, levou tantas dentadas e pontapés no cu, que se ele fosse um Pokémon seria o Pikaku!
O seu intuito era também cãoçar alguma linda cãodela - virgem, pura e singela - coitado, ainda acreditava no Pai Natal, este ser de meia tigela!
Ele só fazia asneiras, não seguia cãoselhos, não havia cãodições...  Nenhum cãocelho do país aguentava este cão com os seus calções - nem na Praia da Barrinha, nem em todo o território das Emoções!











domingo, 3 de julho de 2016

Mataram-me e eu já era um pequeno sopro de vida!

Mataram-me, mataram-me e eu já era um pequeno sopro de vida!

Epístola de um pequeno sopro de vida


Caros pais e terrestres - eu já era um pequeno sopro de vida, não tinhas ainda percebido? Que importam as semanas se são 12, se são 10; menos ou mais, eu, já era um sopro de vida, mãe, sabias?! Sabias, pai também? Sabias, sociedade?
Mal entra o espermatozóide no óvulo, gera-se vida -pode ainda não ser um pequenino ser humano já formado; ou, um ser com as feições humanas que conhecemos. No entanto, se fui gerado por humanos, acho que não fui um extraterrestre!
Tenho aqui outro pequeno sopro de vida aqui ao meu lado que teve o mesmo destino do que eu:fruto de uma violação. Sim, eu, entendo a mãe, entendo que ache que o corpo é dela, entendo que possa pensar não ter capacidades e pensar nele como fruto desse estupro. Mas ele não tem culpa, eu, não tenho culpa...Nós não temos culpa! Somos tantos aqui em cima, que vocês não imaginam!
Não só nos mataram, como mataram a nossa evolução no Planeta Terra: ou acham vocês, que estão aí sem motivo nenhum?! Enganam-se.
Como já disse somos muitos, alguns fetos, embriões com a chamada deficiência. Estão todos aqui comigo. A todos nós foi privada a vida na Terra - não pela «ordem» do nosso Criador; porém, por «ordem» do ser humano.
Não, eu, não estou a julgar e a condenar ninguém. Todos nós erramos...Vocês erram e isso contribui para a vossa evolução; mas, num estado mais elevado de evolução, os que não entendem o que estou a dizer, ou que não concordam -entenderão.
Nós todos éramos um pequeno sopro de vida!... Um sopro de vida, que deixou de soprar precocemente.
Não estou aqui a escrever deste belo lugar onde me encontro para entrar em discussões -apenas para alertar consciências. O Mundo da Terra, ainda é desconhecedor de muitas coisas. Vocês ainda são muito materialistas e, quando digo isto, não me refiro a gostarem de dinheiro, embora também seja verdade. Refiro-me mais, porém, a verem muito mais a matéria, aquilo que é corporal e relegarem para um plano derradeiro o Espírito.
Pois, eu vos digo, vocês seres humanos são seres espirituais envolvidos num corpo físico e não o oposto.
Eu sofri e ainda sofro, pensam que não? Sofremos todos! Até vocês que pedem ou praticam o aborto; mas, como já disse, não estou cá para vos julgar e não tenho esse direito. Mas fiquei impedido de viver a minha vida convosco, mesmo que fosse só um pouco. Talvez esse um pouco, fosse a minha missão nesse mundo. No entanto, não vos condeno -ainda estais em evolução.
A minha alma sofreu e sofre; aliás, sofre a de todos nós! Todavia, lembrem-se também que há consequências para aquilo que fazemos. Podem não acreditar, mas a lei Causa -Efeito, existe mesmo: para o Bem e para o Mal! Inclusive muitas vezes a própria mulher sucumbe após o aborto.
Para mim o direito à vida está, intrinsecamente, acima do ilusório conforto psicológico de uma mulher, mas, cada uma é livre de fazer o que quiser. Deus deu livre arbítrio aos Homens!
Mas acreditem que nós estamos despedaçados e não só porque o aborto nos despedaçou; mas também, porque estamos dilacerados no espírito. Não acreditam?! Muitos de vocês, ainda, não. Evoluam, essa é também a vossa missão.
Eu e todos nós cá acima que fomos impedidos de viver precocemente gostamos de vocês na mesma...também fomos um pouco humanos, nem que fosse apenas um pouco. E somos vossos filhos dessa encarnação! E nós escolhemos vocês antes de virmos para a Terra, ao contrário do que pensam!
A vida é algo maravilhoso e à qual todos devemos ter direito. Há tanto por viver: muito sofrimento, mas também toda a beleza que transforma a nossa alma.

Assinado:

Um Pequeno Sopro de Vida que precocemente deixou de respirar e que estava destinado a vos amar!

Texto inspirado neste vídeo - A vida é preciosa e deve ser para todos - eis uma história de sobrevivência e de superação.http://historiascomvalor.com/mae-provoca-o-aborto-queimando-filha-viva-dentro-do-utero-29-anos-depois-filha-resolve-se-vingar/

domingo, 12 de junho de 2016

A inocência pueril

cirandinha -imagem do Google


Brinca a criança, brinca o petiz...
Faz amigos em todo o lado...
Mas é assim que também é feliz!

Na alma carrega a inocência,
Rebeldia nos cabelos...
Olhar de marotice...
Sorriso de meiguice!

Para a criança todos são amigos,
Não se importa quem é...
Nem é importante o nome saber...
Basta voar na brincadeira e viver!

Criança da inocente alma...
Tempestade que gosta de correr
Vento que, por vezes acalma...
Chuva, Sol...nuvem a chover...

Inocência, pureza bem infantil
Inocência, pura, por vezes maldosa...
Doce criança, rosto pueril!

Arco-íris da marota imaginação
Arco com o número da perfeição
Que colore a vida também dos graúdos..
Como o tesouro que o duende, esconde...
Lá bem longe, mas tão perto do coração!



Às alimárias


Em todas as circunstâncias desta vida mundana,
Encontramos as brutas, feras, as alimárias...
Gente que se acha inteligente, porém, insana...
Cavalgaduras, bossa de estupidez - dromedárias!
Acham-se mais inteligentes que os demais,
Esta gente, que no fundo, não tem eira, nem beira...
Têm problemas de personalidades brutais...
Inveja, ciúme, fontes eternas da parvalheira!
Quem quer ser lobo, a sua pele, não deve vestir...
É o que diz o já muito ancestral e popular adágio,
Há lobos com pele de cordeiro, por aí a sorrir
É a falsidade desta gente, o seu apanágio!
Gentes brutas, feras; por vezes, animais irracionais:
Não estragueis, por conseguinte, a vida dos demais...
Com vossas palavras, actos, de bestas primárias...
Podereis sempre mudar e deixais de ser alimárias!
Procurai aprender, para não perderdes a esperança!
Ó alimárias desta vida - ser estúpido, é opção!
Estareis sempre a tempo da nobre mudança...
Olhai para dentro da vossa mente e do vosso coração!

Ode linguaruda às Brízidas Vaz



Ó Brízida Vaz, da língua viperina...
És a linguaruda-mor, bruxa tenaz...
O teu veneno vai daqui até à China...
Tua língua parece andar da frente para trás!
Alcoviteira, coscuvilheira, codrilheira...
Ó sua ignóbil faladora, trapaceira e feia!
Cada vez que falas da vida alheia,
Deverias ficar, com samicas de caganeira...
Língua de sapo, rainha coroada da fofoca,
Língua maldizente, língua de quiabo...
Dizes mal de toda a gente - língua porca...
Não tens cornos, mas és parente do diabo!
Ó Brízida Vaz, que não estás em extinção...
Habitas em Portugal e por esse mundo fora...
És exemplo de língua comprida da podridão...
O teu veneno é mordaz e sem demora!
Às Brízidas Vaz desta vida inconstante,
Que no caminho, poderemos encontrar...
Tenham cuidado com o veneno cortante...
As vossas línguas com lixívia devereis lavar!
Cuidado com o que dizem, línguas de trapos...
A vida é um espelho que reflecte vossos actos...
O Karma existe para o bem e para o mal...
Um dia o vosso veneno, será o vosso final!

25 de Abril

Ri a chorar o canto da liberdade
De um Abril já um pouco distante...
Chora a liberdade e com saudade...
Dos tempos do cravo rubro vibrante!
Morreu a ditadura, ou quer parecer
Liberdade de expressão, podemos ter...
Podemos votar em liberdade viver;
Ideias que não conseguiram sobreviver...
Liberdade disfarçada de corrupção,
Liberdade que faz sofrer cada irmão...
Políticas de constante decepção...que nos
Vão ao bolso da alma, chupando cada tostão!
Europa, ditadora, também com capuz...
Disfarçada de anjo de intensa luz...
Sugadora, muitas vezes do pobre coitado...
Que já carrega outros erros do seu fado!
Nas armas da decepção deste país,
Já não há a criança feliz e inocente...
Que coloca a encarnada flor feliz
Que evita as balas de uma arma hoje doente....
Há muita coisa que se conquistou....
Tanta outra que se almejou...
Mas o que não falta são ladrões...
Trapaceiros, corruptos e outros aldrabões...
Povo adormecido de Portugal, acordai
Saiam da letargia dormente e profunda...
Para que o 25 de Abril seja de novo o pai
Da justiça, da liberdade, da igualdade jucunda!
Regai, povo deste país nobre e belo
Nos jardins, da vossa consciência...
O novo cravo de Abril,lindo e singelo...
Seja regado sem corrupção e com decência!

OS MELROS



Aves da cor do tição,
Aves de bico amarelo...
Qual deles, o mais saltitão?!
O mais malandro, o mais belo?!

Pássaros daquele jardim,
Que me esperam dia a dia...
Parece que fogem de mim...
Mas querendo a minha companhia!

Divinos reis da negra e linda cor,
Esgaravatais à procura de alimento.
Saltais alegremente de flor em flor...
Nobres arautos do meu sentimento!

Não, não tenho sentimento de negritude...
Não tenho a alma de escura cor...
Mas nestas aves é cor da magnitude...
E na minha, pode ser, quiçá de amor!

Ao preto, se pode juntar um jardim colorido,
Naquele em que eles me esperam em Ovar...
Florido de um amor tão concreto e indefinido,
Como é apanágio de um amor a esvoaçar!

Belíssimas aves, sopranos cantores,
Que habitais o reino azul dos céus,
Cantais em assobios os dissabores..
Nas penas, trajais os negros véus!

Ó aves negras, mas da boa sorte...
De uma beleza enorme, sem igual...
Sois da vida e não da crua morte...
As asas, são a capa do fado de Portugal!

Imagem do google, porque os melros do jardim em Ovar, não páram quietos 

domingo, 3 de abril de 2016

A Pedra

http://www.materiaincognita.com.br/como-se-fabrica-um-colibri-em-broche-de-ouro-com-pedras-preciosas/ 



Pedra no sapato a magoar...
Pedrinha má, dor latente.
E vamos a manquejar,
Até essa maldita, retirar!

Pedra de arremessar
Pedra de guerrear,
Pedra da bruta peleja,
De cada lágrima que goteja!

Sopa de pedra, alimento
Que a vil fome mata...
Objecto que se junta...
A uma sopa tão farta!

Pedra do construtor,
Pedra de construir o sonhar...
Pedra bela, pedra da dor,
Castelo de venturar!

Pedra ainda em bruto,
Diamante por lapidar,
Pedra do homem astuto...
Pedra de encantar!


Pedra da rua... abandonada,
Pedra da natureza...
Pedra da origem do Mundo,
Da geológica giganteza!


Pedra, na mão da humanidade,
Pode ser o que ela desejar,
Desde a bruta pedra da monstruosidade
Até à pedra do eterno amar!

Pedra, que diferentes usos pode ter,
Está em ti, Homem, a preciosidade
E não na pedra em si, a sem idade...
Da pedra que tu mesmo deves ser!





http://www.mundogump.com.br/10-incriveis-pedras-preciosas-vermelhas


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quarta-feira, 30 de março de 2016

Cegonha, ave do bom augúrio

imagem Google



Lá no topo daquela chaminé triste e ancestral
Daquela  fábrica feia, tétrica e sem vida
Um casal de cegonhas, faz sua morada anual...
E não faz do Outono a sua breve despedida!


 Belas aves, que passeiam pelo meu quintal
O pai amoroso, à procura de alimento,
Qual rei intrépido dos céus de Portugal,
Procurando o conforto para fêmea e rebento.


Ó aves que bom augúrio trazeis,
Tu, cegonha, fiel amante,
Podes não trazer no bico, a criança...
Mas carregas nas asas, a esperança!

Trazes a esperança da Primavera...
A esperança de novo porvir,
De um Portugal a sorrir!


Ó cegonha, no Levítico és imunda...
Ó tristeza é do ser ignorante
És de pureza profunda...
Rainha do bom presságio...
E,dos céus, diamante!


Ó cegonhas, de um poema que nunca fiz,
Ó cegonhas da  Barrinha ditosa.
Ó aves cegonhas daquela chaminé em Esmoriz...
Aves de uma beleza fulgurosa!

Ó cegonhas do tempo de criança,
Ó cegonhas dos tempos de agora,
Trazei nas asas um bom destino,
Um destino que não demora!





segunda-feira, 28 de março de 2016

As gotas de chuva nas asas da Primavera

olhares.sapo.pt

Entraste, ó primavera ditosa,
Como uma bela mulher a sorrir,
Nos cabelos, galhos de árvore mimosa,
Num corpo perfumado de jardim a florir!


Teus braços, ramos com aves a pousar
Tuas mãos folhas verdes a crescer,
Um Sol redondo, de reluzente brilhar...
Hoje, estás envergonhada, estás a chover!

Hoje, Primavera querida, pareces chorar,
O teu coração de flor parece murchar
Caem lágrimas dos teus olhos, sem cessar...

Não pensem que chorar é mau, diz a Primavera...
 - A chuva, amigos, é limpeza, não é uma bruta fera...
As energias são limpas e um novo dia que nos espera!






Ode à Primavera

Pintura de Botticelli

Eis que renasce bem radiosa
A esplendorosa Primavera
Como uma árvore frondosa
Que faz do Inverno quimera.


Ó Primavera, sê bem-vinda,
Sê como as aves com o seu belo canto...
Enfeitas a cabeça com flores,coroa linda:
Tu, Rainha Majestosa do Encanto!


Tu, magnânima estação das flores
Do renascimento, do pólen dos amores,
Abelhinha que fecunda os corações,
Com o doce mel das emoções!


Deusa Ostara, Jair, Eostre,sem idade
Deusa do renascimento, deusa do amor,
Deusa do nascimento, da fertilidade,
Deusa rainha que vestes o manto do esplendor.


Primavera, que trazes um tempo mais quente,
És como a tela imaculada, virgem de um pintor....
Não és, nem serás quadro do esquecimento,
És, porém, tela pincelada com aguarelas de amor!

Ó Primavera, teatro, sinfonia, música, canção...
Rainha da natureza, fada com condão...
Nas asas da beleza e do sonho, trazes a alegria,
Orquestrada pela batuta do Criador, que nos guia!


Primavera das doces e miraculosas maravilhas
Leva o Inverno gelado do âmago do nosso ser:
Faz renascer em nós, as aves, flores, as alegrias
Que faças em nós a esperança a crescer!


Que cresça como as cores da natureza,
Que sejamos um rio, um mar de pujança,
Onde se renovem as águas da nossa pureza
E vibre dentro do coração esta ode de esperança!


Ó ditosa, belíssima Primavera,
Por tudo isto, te saúdo, enfim,
E que renasça a esperança sem fim!




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O TANOEIRO


O TANOEIRO


Foto de  José Fangueiro


Tu, nobre tanoeiro do  tempo passado,
 Tu que és mestre desta arte ancestral,
Nos vasilhames, dorme o néctar por Deus dado,
Ó ilustre tanoeiro, também artista de Portugal!

Desde o tempo dos Fenícios, Romanos
E, claro, dos Cartagineses também,
Nesta arte que dura há muitos anos,
Um trabalho árduo -  agora de quase ninguém!


Tu, tanoeiro deste tempo presente,

Onde a tua profissão é quase ausente..
E já perdeu de outros tempos, o fulgor,
Porém, ainda trabalhas com suor e amor!
.


Foto de José Fangueiro, Tanoaria Josafer, Esmoriz, Portugal
As pipas, os barris...são a tua vida tão definida!
Tu ilustre homem que tens calos em cada mão,
Tu que és o artista de uma arte esculpida,
Pelo pesado malho e pelo pelo teu coração...



Ó tanoeiro do tempos que ainda virão,
Espero que a tua profissão não deixe de existir...
Mesmo que não sejas do pipas do vinho, artesão...
Que continues outros produtos modernos a produzir!


A vós todos presto a minha homenagem sentida,
Ó exímios tanoeiros, que estais por todo o país,
A homenagem, essa, deve fazer-se em vida,
Mas esta homenagem vai sobretudo para os de Esmoriz!




Dos nobres tanoeiros - descendente também sou
E nunca  a minha origem, irei renegar,
Por esse motivo também, aqui a rimar,  estou,
É a minha forma de igualmente vos eternizar!




Este poema foi escrito em quadras, porque as quadras são o tipo de verso mais relacionado com a poesia popular e os tanoeiros são ilustres artistas populares



sábado, 6 de fevereiro de 2016

As Novas Aventuras do Cão Vicente

 -O CÃORNAVAL

Imagem: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/6526-desfile-de-carnaval-dos-animais-no-rio-de-janeiro?mobile

Imagem de: https://www.youtube.com/watch?v=43qvYL3Wii8


Cá se apresenta de novo neste período cãoturbado, o nosso amigo e cãonhecido Cão Vicente - o cãonídeo, o cãonito aldrabão, cãofuso e extremamente incãosequente.
Como estamos em época de Cãornaval, o nosso amigo patudo quis mascarar-se de uma criatura nada normal!
Ele decidiu ir a todos os Cãornavais do país, cãotasiou-se de cãokrenstein e foi cirandar por todo o país -até foi à Madeira este cãonijo infeliz.
Vestido de cãokrenstein estava mesmo horripilante, nojento e tinha fumado cãonabis, o cãozado - a ganza era boa cãolidade que ele andou a sambar a toda a velocidade!
Entretanto, não tinha tomado a banhoca. Estava pulguento e cãorracento e nem sequer deu banho à minhoca!
Acãoteceu um azar enorme e ele mais uma vez , meteu-se em cãofusão lá na Ilha das Bananas, cãometeu iliegalidades, mas não foi para a prisão - mandaram-no para o cãotinente cão  termo de identidade e residência, acãopanhado, porém de uma cãoleira último modelo para matar a pestilência!
E, lá regressou ele, cão uma pata à frente, outra atrás, sem o seu fato cãornavalesco...este cão era mesmo fresco!
Cá no cãotinente -cãotinente,  não é o hipermercado, ó CãocerTina - a ex cadela dele e profissional do sexo na dita área fina. Ela já estava a ficar literalmente com pulgas atrás da orelha,cão medo de cão ele se cruzar e depois até saltavam chispas no ar! E ela era burra, tão burra - que até parecia que o cérebro saía do sítio e ia voar!
Ele já não sabia mais do que se mascarar...tinha ficado sem fatiota...estava agora com ar de idiota, junto à porta do tribunal - tinham-lhe marcado uma audiência...para o cãodenar pela sua falta de prudência.
Imaginem que na Madeira quis fazer-se a uma linda cadela...mas teve azar, estava lá o namorado dela. Mas mesmo assim, insistente e incãosequente como ele é, agarrou a cadela à força e foi cá um banzé.
Depois da audiência feita com muita sapiência...lá foi ele por todo o pais sem excepcão, festejar o Cãornaval desta vez fantasiado de diabo - que até é mesmo o que ele é - um pobre diabo cãonino pestilento e a cheirar a chulé! 
Para estar mais perto de casa decidiu terminar em Ovar; todavia, não descãosou enquanto, não tivesse tomado do rei e da rainha, o lugar!
Foi sol de pouca dura esta pequena aventura -desde a cãomara, à polícia e também à organizacão - ele foi a sambar com um pontapé no rabo directamente para a prisão.
Ele não serve para rei nem para coisa alguma -ele só sabe armar cãofusão - é como um grande cãonal que cãoduz à asneira; porém, nem no Cãornaval ele se livra da justiça derradeira.
Pensava este desgraçado, cãonito  - rei da estupidez, que por ser esta época festiva tudo poderia fazer,«: - «ah e tal é Cãornaval e ninguém leva a mal!». Ah, pois, mas estava enganado... ele deve aprender que em sociedade não se pode fazer o que se quer e que a nossa liberdade termina quando cãomeça a do outro e assim tem que ser. ...E que a vida são dois dias e o Cãornaval três dias são, cãoquanto é preciso ter juízo para não andar sempre na vida em cãotramão, pois então, ó cão!








domingo, 17 de janeiro de 2016

Soneto à Criança

Um poema feito em Ovar


A correr, a criança, lá vai ela
Como rainha coroada pela infância,
Com uma alegria tão típica dela,
No rosto resplandescente da abundância!


A criança, lá vai - a caminho da escola,
Palco no qual novas matérias vai aprender
Nas costas leva o peso da sábia sacola,
Onde transporta também o Livro do Saber.


No recreio, campo de grandes emoções ,
Pátio também da maravilhosa traquinice,
Correrias, brincadeiras - tempo da meninice!


Tu, que trazes a malandrice no rosto desenhada,
E tu que carregas nos olhos - a alegria, ó criança
E em cada mão - transportas o condão da esperança!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Feliz Ano Novo


Está 2016, escondido, a espreitar
Com olhos atentos à espera de entrar...
Orelhas em pé para ouvir as badaladas.
São doze e com passas bem contadas!

O velho ano de 2015 está quase a findar,
Despede-se contente a cantar e a bailar...
Para uns foi um ano de grandes conquistas
Para outros de experiências menos benquistas.

Para uns foi de guerras, tristeza e dor,
De um imenso, cortante,dilacerante desamor
Não tiveram alegrias, melodiosas sinfonias ...
A banda dos Homens já teve melhores dias!

O ano de 2016 está a tocar para entrar,
Trazendo esperança para nos presentear.
A porta das novas oportunidades, iremos abrir
Serão 366 dias para amar, chorar e sorrir!

A cada dia que renasce, é como o Sol na alma
Que a aquece, acarinha,afaga, trazendo a calma
Mesmo que a chuva também nos possa molhar...
Basta abrir o guarda-chuva da vida e dançar!

Para o ano correr bem também depende de nós...
Somos centelhas de vida que não estamos sós...
Se energizarmos Amor em nosso coração...
Elevaremos o Planeta Terra a outra dimensão.

Que o ano que irá entrar seja um ano feliz,
E que vá crescendo a cada dia o novo petiz...
Para todos os seres humanos sem excepção,
Amor, Paz, Saúde, Luz na alma e Amor no Coração!

(poema também publicado antes da passagem de ano)