sábado, 12 de dezembro de 2015

UM CONTO DE NATAL

A MAGIA DO AMOR
Presépio de Natal


Em tempos bem remotos e, numa terra distante, muito para além da nossa imaginação vivia uma menina com os seus pais e os seus sete irmãos. Era a única menina no meio de tantos rapazes. Eram todos pobres em dinheiro, mas muito ricos de coração.
Tinham tão pouco e mesmo assim ajudavam quem tinha menos do que eles: se tivessem o suficiente para as crianças não passarem fome, já de davam por felizes.
A mãe costurava a roupa dos filhos com tecidos que lhes davam ou com remendos e, as crianças e os adolescentes andavam sempre bem vestidinhos e limpinhos, pois a senhora tinha umas verdadeiras mãos de fada. Se calhar, até era mesmo uma fada! Mas lá, que era bem prendada, lá isso, era mesmo!
O pai todos os dias vendia lenha e umas peças de artesanato que fazia com a madeira e a mãe fazia algumas compotas para vender com as frutas que saiam das árvores de fruto do pequeno quintal deles.
Eram uma família muitíssimo unida.
A menina desta história chamava-se Maria em homenagem à mãe de Jesus; porém, era mais conhecida como Menina dos Olhos Negros, pois os seus olhos eram de uma negritude muito bela. Dos seus pequenos grandes olhos curiosos pareciam jorrar fontes de amor eterno. Os seus cabelos eram tão negros quanto os seus pequenos e grandes olhinhos, Pequenos porque se tratava de olhos de criança e grandes porque eles eram grandes e pareciam ver tudo, até o que parecia menos visível.
A Menina dos Olhos Negros vivia numa pequena aldeia onde todas as pessoas se conheciam. Desconhece-se a terra e o país da menina; só sabemos que era muito muito longe e que esta história já se passou há muito tempo; mas, afinal, o que interessa isso, não é!?
Todos os anos pela altura do Natal, a mãe da menina ia a casa das famílias mais pobres do que eles dar algum conforto e ajudar de algum modo. A menina e os irmãos sabiam que não podiam ter brinquedos, Os que tinham eram velhos e também eram dados por outras pessoas. Eles não se importavam; todavia, sonhavam ter numa das noites de Natal um brinquedo novo.
A menina sonhava ter uma boneca assim parecida com ela, estão a ver. Como foi dito - ela era a mais nova dos sete filhos, Tinha apenas sete anos. O irmão mais velho já tinha 14. A mãe da menina tinha um sonho tão grande, tão grande que parecia não caber nela - ela queria aprender a ler e a escrever.
A Menina dos Olhos Negros era também muito sonhadora e sabia ler e escrever -coisa rara na altura. Nenhum dos seus irmãos sabia; nem sequer os pais.
Todas as tardes a menina ia para casa de uma vizinha, que era uma velha professora que já não dava aulas e foi com ela que aprendeu a ler. Ela ficava maravilhada com os livros que a senhora tinha. Cada vez que abria um sentia que podia sonhar mais e mais...
Então, ela abria as asas daqueles anjos de biblioteca de capas duras e bonitas e desfolhava-os, li-aos durante horas. Tantas vezes, a mãe ou um dos irmãos a ia chamar à casa da vizinha, Ela perdia-se no meio de tantos livros.
Ela sonhava que os livros ganhavam vida, mas quando acordava via que era só mesmo um sonho. Além da boneca, gostava de ter livros e de ter também livros que a fizessem voar, conhecer novos mundos, mas a sério, sem ser só apenas um sonho...
E contou isso à mãe e aos irmãos e eles riram-se a bandeiras despregadas!
 - Então, ó Maria, tu achas possível mesmo? E riu-se muito!
E ela dizia:
- E, porque não? Gostava tanto que fosse verdade e viajava por todo o mundo, ajudava várias pessoas por esse mundo fora, trazia os brinquedos que vocês queriam e sobretudo gostava que um livro me levasse até ao tempo de Jesus para o ver pequenino, bem pequenino naquela manjedoura!
 - Ó Maria - dizia Rui, o irmão mais velho; - não vês que isso é só um sonho...Deixa mas é esses livros que não fazem falta nenhuma e só te fazem pensar disparates!
Ela ficava triste de ouvir essas palavras e então a mãe Josefina dizia:
 - Vá, deixem lá a vossa irmã. A culpa não é dos livros...ela tem só 7 anos ou vocês já se esqueceram que também eram sonhadores?!
 - Sim, mamã, mas ela sonha demais e passa muito tempo na casa da vizinha -respondia Alberto, o filho mais novo depois do Rui.
E os outros irmãos que faltavam: Paulo, Pedro, António e o  Carlos responderam em coro:
 - Ó mamã, o Alberto tem razão.
Então Josefina, reuniu-se com Jerónimo -o pai das crianças e ele achou que ela passava tempo demais na casa da professora e, que era mau ela ler muitos livros
Ele dizia:
 - Queres os livros para quê!? Nós, não sabemos ler e depois?! Os livros não fazem falta!
Triste e cabisbaixa, Josefina chorava -ela sempre quis aprender a ler e a escrever e a ter livros. Ela via na filha a criança que nunca foi.
A Menina dos Olhos Negros ficou triste também e os seus olhos choraram tanto que as lágrimas ficaram tão negras quanto os seus olhos e os seus cabelos.
 - O que tem ela? - perguntavam-se todos?
 - Porque é que as lágrimas dela são negras? -perguntava o pai.
Mas ninguém sabia a resposta e, então, decidiram falar com a vizinha e ela disse:
- A menina só quer ler e não tem mal nenhum sonhar e ela é uma criança muito especial.
A professora chamava-se Maria Emília e chamou a mãe da menina para falar com ela.
 - Sabe, Josefina, a sua menina é muito inteligente, bonita e especial e eu posso conceder os desejos dela se ela assim o quiser. Eu sou uma fada dos desejos e você também é, só que perdeu os poderes ao se casar com o seu marido e já não se lembra de quem foi. A sua filha herdou isso da senhora  - ela é uma fadinha amorosa e bondosa e com uma missão muito especial. Deixe-a lá sonhar...e, um dia, os sonhos virarão realidade! Não acredita?
- Sim, D. Maria Emília, eu acredito que ela é especial, mas não acredito em fadas.
 - Ah, não, então, veja estas imagens da sua infância! - retorquiu a professora fada.
 - Ai, já não me recordava disso. Depois de ver as imagens, sorriu!
 - E, então, Josefina, a sua menina pode cumprir a sua missão?
- Sim, mas qual é mesmo essa missão?
 . Eu já disse  - é espalhar amor por esse mundo fora -esse mundo de desamor, só o amor puro de uma criança pode sarar as feridas do mundo e, para isso, ela tem de primeiro ver o Menino Jesus, conviver com ele enquanto criança e continuar a perpetuar os sues ensinamentos, mas sem os esquecer,como fazem muitos dos Homens.
Como a mãe da Menina dos Olhos Negros anuiu, um dos livros ganhou mesmo asas e levava-a a voar por esse mundo fora a espalhar amor e caridade, no fundo, a espalhar o espírito de Natal que se foi perdendo com o tempo.
A Menina dos Olhos Negros foi ter a Belém e viu o Menino Jesus naquela grutinha de animais nas palhinhas. Ele no meio e a sua mãe Maria e o seu pai José olhavam para ele com os olhos cheios de amor.
Porém, perguntam-se vocês, mas então, a menina partiu e deixou a sua família? Claro que não, como no mundo das fadas e dos livros mágicos é possível estar em vários locais ao mesmo tempo - chama-se isso o dom da ubiquidade, a menina conseguia estar nos locais por onde viajava e estar em casa.
Os livros mágicos eram também como uma máquina do tempo, um portal que permitiam à menina viajar quer pelo passado, quer pelo futuro. 
Ela não podia mudar directamente o rumo dos destinos; conquanto, podia levar as suas lições de amor por todo o mundo e quem melhor que uma doce criança para o fazer.
Voltando ao tempo de Jesus...com o decorrer do tempo, esta criança tornou-se amiga de Jesus e ele foi o seu grande mestre das lições de amor. Após a sua morte. esta menina que nunca cresceu e ficou sempre menina...espalhava o amor e a bondade pelos corações dos Homens sem fé e sem amor.
No entanto, Maria ou a Menina dos Olhos Negros tinha outra missão: recuperar o espírito do Natal de outros tempos.
Viajando pelos tempos futuros, a Menina viu que tinha que resgatar o Natal do passado, tal como no livro de Charles Dickens que ela lia vezes sem conta: «Um Conto de Natal».
Uma parte significativa da humanidade alheou-se do verdadeiro espírito de Natal . Inclusive um velhinho amoroso de barbas tornou-se mais importante do que o Menino Jesus. Sim, o Pai Natal é importante e deve ser mas não mais que o Menino salvador dos Homens. Todavia, o problema não era só esse: uma sede consumista invadia muitas pessoas no Natal -o comprar, os presentes e comprar só por comprar e havia coisas que nem era necessário comprar. As crianças, muitas vezes, porque tomavam o exemplo dos adultos e da sociedade no geral, achavam que o Natal era sobretudo receber prendas, mas não era.
O Natal é amor, é estar em família, é celebrar o nascimento do Menino, o Natal são 365 dias por ano e não só no dia 25 de Dezembro; esse é apenas um dia convencionado. É na altura do Natal convencionado que se vê de facto a ajudar mais o próximo e, já é muito bom; só que o Natal deve ser perpetuado sempre e era isso que Maria fazia tão bem, ao contar as suas histórias, ao ajudar os mais pobres e todos os que precisassem de ajuda.
Em todos os locais que ia, encontrava sempre alguém que a ajudasse; afinal, nem só de maldade vive a humanidade, não é verdade?!
E ela via coisas tão lindas: o majestoso mar com as suas ondas e espuma que o beijava, os rios e os lagos com a sua beleza e os seus habitantes aquáticos. O céu, a terra, as águas...eis a grande manifestação da beleza de Deus -as montanhas, as flores, todos os animais. E era como se ela elevasse o seu coração ao céu, à terra, às aguas, às plantas, aos animais e a todas as criaturas sencientes  (aquelas que podem sentir) ou as não sencientes - o sopro do amor do seu coração que pode ser leve como um ténue vento calmo e apaziguador. A Menina dos Olhos Negros levava amor a todos...o Amor é mais brilhante do que o Sol e do que a todas as estrelas do Universo.
Esta menina era um verdadeiro ser de luz e, cada vez que ela fazia algo de bom, mais brilhante e luminosa ela ficava.
Lá na casa da sua família, já o pai dizia com orgulho:
 - A minha filha é como um anjo -que linda que é e eu que a proibi de ler. Vou ter de lhe pedir desculpas.
Dizia a mãe: - Claro que tens- gostar de livros e saber ler, escrever e sonhar não tem mal nenhum. Quando ela estiver cá de novo, pede desculpa à tua filha e vocês os sete devem também pedir desculpas à vossa irmãzinha, ouviram?
Eles repetiram em uníssono:
- Mas é claro que sim, mamã - fomos injustos com a Maria.
De repente a menina entra em casa e todos dizem em conjunto:
 - Desculpa, Maria, por termos sido duros contigo.
E ela retorquia sempre sorridente:
  - Oh, não faz mal estão perdoados! E agora vou a vizinha buscar mais livros para poder viajar.
Como ela era uma pequena fada ela não morria... Nem ela nem a mãe, nem a fada professora. Mas o seu pai e os seus irmãos morreram. A menina preferia dizer que eles foram apenas viajar.
Mais tarde, também a mãe a vizinha se juntaram a ela e levavam a luz do amor ao coração das pessoas e o espírito do Natal passado à alma da Humanidade. A tarefa era tão difícil, mas quem sabe, se um dia a missão estaria por fim terminada e toda a humanidade vivesse em amor e se lembrasse doe ensinamentos de amor de Jesus, de olhar e de ajudar o irmão que precisa. Afinal é o amor que cura tudo.
 Ah e, para finalizar já me estava a esquecer, como a Menina dos Olhos Negros também gostava de escrever e de ler -ensinou a sua mãe e enquanto os irmãos eram vivos e o pai, levava-lhes sempre amor e uns pequenos presentes. A menina escrevia as suas aventuras nos seus diários; sim, diários, porque ela passou por muitos tempos e espaços e um só diário não dava. E começava sempre assim:
Querido diário, querido Deus, ensina a humanidade a viver e a praticar o amor, só assim poderá viver sem dor.
Ainda hoje essa menina anda por aí a espalhar amor e a resgatar o espírito do Natal nos vossos corações: estejam atentos -é só procurá-la dentro de vocês mesmos e dentro do vosso coração. Em todos os corações há uma menina que clama por amor. 
E abri as páginas do livro do vosso coração e viajai, sonhai e praticai a receita do amor e da bondade através delas!
Escutai a Menina dentro de vós.desfolhai o livro do Vosso Coração e da vossa  alma  para finalizar o Livro da Vida e do Mundo em paz e amor!  Feliz Natal do presente, mas sem nunca esquecer os valores do passado!























segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pai


POEMA AO PAI

Father and son hands



Pai, tantas vezes esquecido,
Jamais sentirás solidão...
Nasceu-te um filho, pai querido,
Semeado com amor e devoção!


Esse fruto de amor quase divino
Só  no teu ventre não cresceu...
Aquele ser tão pequenino,
Que parece um anjinho do céu!


Podes ser amparo, rumo,um amigo
 Tu, que herói de todos os filhos, és...
Nobre, bravo, amoroso, destemido,
Menos do que a mãe não és!

Os teus braços as velas são...
De uma grande embarcação...
Enfrentas qualquer Adamastor
Içando bem alto a bandeira do coração!


És um luminoso farol que alumia,
Em mar calmo ou mar turbulento,
Rumas em força ao porto da alegria...
E limpas dos filhos, as lágrimas do sofrimento!



Ó pai, para os teus filhos és exemplar...

Caminhas sempre com eles lado a lado...
As tua grande missão é mesmo amar:
São esses os acordes da guitarra do teu fado!



Agora, para finalizar, ó pai e com fervor...

Transporta nessa tua embarcação...
 Os teus filhos, estandarte do teu amor...
Pelas ondas do teu coração!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Mãe

POEMA À MÃE


Mãe e filho  -Gustav Klimmt


 Mãe, palavra tão  pequena,
Que cresce, tal a sua imensidão
Atingindo a candura plena,
Bem alto, nos pínáculos do coração!

Mãe, que, os filhos docemente acalenta
Os seus braços porto de abrigo,são
Combatem com carinho a tormenta
Trazendo ao filho, bonança no coração!

Mãe que viu o filho, no ventre crescer,
Mãe que não teve essa oportunidade,
Amor de mãe é sorrir, amar e sofrer
Tu, rainha de toda a magnanimidade!

 
Ah, mãe, palavra profunda singela,
 Que é escrita no papel do Coração,
Palavra que sai do papel e vira tela
Com o pincel da mais profunda devoção!

És o amparo dos filhos, joia mais pura...
Os teus filhos, a tua coroa, são...
Tens um amor eterno, que perdura,
Orquestrado pela batuta do Coração!

Ó mãe ser de luz e do amor profundo,
És nobre rainha, mesmo sem o saber,
E nem todas belas palavras do mundo...
Seriam suficientes para te conseguir descrever!











sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Natal aproxima-se com saltos de pardal!

O Natal aproxima-se com saltos de pardal...
Fala-se que nasceu o Jesus Menino...
Ser enorme e ao mesmo tempo tão pequenino...
Caído no esquecimento pelo  Pai Natal.

O Deus divino e este Deus Menino foram esquecidos
Neste Mundo, que ousa a época natalícia, celebrar
Ficando para trás os valores de Natal...perdidos...
E perdido também aquele que nasceu para nos guiar!

Muitas vezes famílias desavindas, a festejar...
Festa oca,  festa parca, festa sem magia...
Nos corações deve ser sempre Natal de alegria!

Mundo de guerras, mundo de homens sem amor...
Mundo daqueles que não podem ter Natal...
Mundo de todos sofredores...mundo de dor!

Caridade, amor, tão apregoados no Natal,
Mais vale no Natal do que nunca ajudar...
Natal deve ser todo o ano...365 dias para amar!


365 dias para o outro que precisa, auxiliar
Da maneira que podermos melhor, estará bem...
Fazer  sempre o bem sem olhar a quem!

Neste Natal que celebra um nascimento,
Não esqueçamos o nosso familiar, o amigo...
O escondido desconhecido sedento de alento!...

O mundo não é, certamente,  de todo, o ideal..,
Fomes, guerras, desavenças entre a humanidade...
Que no íntimo de nós se acenda a vela de Natal!

Que essa vela ilumine sem se apagar jamais...
Os corações de toda a humanidade sem excepção,
Para que guardem o Deus Menino em pleno coração!






quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Má fortuna?

Será má fortuna?
Que será esta má fortuna?!
Esta má sorte que me acompanha?!
Será crise pesadamente inoportuna?!
Esta vil sorte que em mim se entranha!
.
Muitas vezes em acordes - desafinada...
Escuto esta má sorte triste e malfadada
Eu só quero a melodiosa lira, escutar...
Para matar com a sua melodia este azar!
Lá em cima, é testemunha, o Criador...
Deste infortúnio terrulento e penoso...
Eu vou lutando com alegria e dor...
Esperando no horizonte um futuro ditoso...
Oh, como eu sonho com um éden precioso
Plantado com as sementes da minha dor...
Suadas com o meu esforço laborioso...
Em busca da boa sorte e do amor!
Um dia hei-de viver uma grande epopeia...
E a má fortuna, a minha estrela, não vai ser...
Vou, finalmente vencer a pérfida Medeia
Serei heroína e a má sorte vai morrer!
Neste mundo de pernas para o ar,
Eu tocarei, por fim a lira melodiosa...
Será o fruto do meu constante semear,
Que irá matar o fruto da má sorte rancorosa!

domingo, 1 de novembro de 2015

As Novas Aventuras do Cão Vicente - O dia dos Cães(finados)


Neste dia cão(finado) a cães(finados) e, naquele tenebroso túmulo marmóreo e familiar - naquela cãopa,  cãosignada  à morte - estava toda a família do ser de quatro patas -aquele sem sul, nem norte. 
Era um cenário horrível,de arrepiar, tipo filme de terror e de morte anunciada, que...ao longe... meio encãovado, macãobúzio, a tremer de medo, encãostado no marmóreo jazigo, se encãotrava o Cão Vicente, a morrer de terror de alma penada!
Desde cãochorro que tinha um medo que se pelava das almas de outro mundo -era tão cãofrangedor, mas ao mesmo tempo de um prazer jucundo! Era um prazer para quem estava de fora: era tão cãomovente o seu pavor -  que até se vestiam de fantasmas para assustar aquele estupor!
Já ele tinha uma cãodrigiosa imagina(cão) - agora fantasiem nas vossas mentes - a dimencão desta enorme cão(Fusão).
O cãotado pensava que os mortos naquele dia se transformavam em almas espirituais, até já os cãocebia a pairar por cima dos demais!
Estava ele nos tremeliques e a borrar-se de medo, cheio de tiques a pensar que naquele dia, iria ressuscitar o seu tio escuro, sombrio, cãoliginoso - de cãognome - o Cão(Indecãoroso).
Podem crer que ele até  as  cãoecas borrava -ó que pavoroso, tétrico, medonho, aterrador cão(texto) - ele até se cãogava
Credo, que pivete, que cheiro, bafio, miasma, bedum, cheirum, fedorentina, futum, graveolência, miasma. ranço, catinga, fartum, fedentina, morrinha, peste, pestilência, bodum, cheirete, chulé... podem apostar que ninguém queria estar ao pé!
Lá atrás, bem afastadas, escondidas entre os  tenebrosos ciprestes , estavam as cadelas mais agrestes... Elas encãotravam-se descãovizinhadas, remontadas... porém, eram elas -  a tia do Cão Vicente e a CãocerTina, encãopotadas de almas penadas.
O Cão Vicente viu e já ia a fugir cheio de susto, apavorado e em pânico -  para aqui e para ali -já não bastava ter-se cãogado;  agora tinha feito xixi! Estava tão desnorteado que até pensava que já tinha pipi!
Oh, mas que cãofrangedor período desde a manhã até ao Sol se por - foi uma autêntica desconsolacão, algo mesmo cãosternador! Cãodensou-se o temor naquele cão que não precisava de uma cãocussão  - tinha tamanha imagina(cão)  e era um grande cãogão!
Cão esta criatura canina há sempre cãotra(partidas) de espantar  - que até as almas penadas o iriam chamar para ser actor principal em filme de penar! Sentir-se-iam acãometidas  a o raptar e seria um autêntico arraial, uma festa mais festiva, passando a redundância do que o próprio Cãornaval!








sexta-feira, 30 de outubro de 2015

As Novas Aventuras do Cão Vicente - As (des)venturas da noite de Halloween

Na terrífica, horrorosa, temível, horripilante, tenebrosa noite de Halloween, eis que surge das profundezas tétricas, dantescas e abismais, o cãonídeo cãospirador, fantasmagórico, vampiresco, grotesco, cheio de cãosolidada malícia - o Cão Vicente, sempre pronto, para numa cadela, atascar o dente!
Vestido de sanguinário vampiro, feioso, horroroso (mas cá para nós que ninguém nos lê, ele já é descãosoladamente feiolas), lá estava o ser de quatro patas armado em cãozolas! Agora, tipo artista circense lá estava ele em duas patas a andar...e, lá ia ele cão(Penetrado) com a cauda a abanar!
A festa era na casa alternadeira e de luz encarnada da sua ex CãocerTina  -  artista da zona fina - famosa meretriz, para ser mais refinada, excelentíssina cãocubina!
Escondida na festa, vestida de bruxa horrível e enrugada - tal carga ilegal - estava a tia do Cão Vicente, beata e falsamente religiosa, cãodenava ao Inferno aquela festa pavorosa.
A CãocerTina estava vestida daquilo que ela já é -uma bruxa nojenta e a cheirar a chulé!
O cãonídeo vamp ia à festa cãotrapiscar as garinas, que eram todas da casa da luzinha vermelha e de várias zonas finas. Levou cãosigo o cãonivente CãoCrodilo, seu amigo fiel, tal Sancho Pança fiel servo de D. Quixote, também em busca de «moinhos imaginários» - sendo a asneira, cãostante mote.
Cão  as cãoversas de cãotentadiços que se cãotentam cão qualquer porcaria, lá ia ele e o amigo tentar engatar uma cadela vestida de bruxa bravia.
Porém, o Cão Vicente cão fé e cão o cãofé e doces ou travessuras nas mãos, tropeçou na sua disfarçada tia e queimou os qu...tostões! Ela passou-lhe uma rasteira armada em cãospícua senhora...todavia, vocês não sabem quem era esta cãospurcadora. Tinha um ar religioso e santo: mas era uma autêntica cãocajila - escaravelho cãonino e trapaceiro...o que vocês, não sabem, nem ninguém à excepção da CãoCertina, era que era ela a financiadora da zona fina!
Era bem pior do que o sobrinho e era perita em cãoluios majestosos, até fazia acordos com as pulgas do Cão Vicente quando ele tinha ataques de coça aqui, coça ali, cãopiosos.
O pobre cão, vítima de  cãospiração cãodenável...ficou lesionado dos tostões e ficou incãosolável. Valeu-lhe o amigo que o ajudou a trocar de vestimenta...sim, porque fazia parte do plano, mudarem de indumentária para cãofundir as presas cão cãoverseta precária.
Agora estavam mascarados de bruxos de aspecto assustador: um armado em fino e outro em cãoquistador. Cãoquistador de cãofragosa aldrabice - os tostões queimados não davam nem para trocos  - ó que grandíssima foleirice! Mas cá para nós nem sem ser queimados...eram como o dono, uma grande intrujice!
Sem abono de família, nem cãoseguia sequer dançar - decidiu se embebedar -apanhou tamanha cadela que até já via bruxas nas vassouras a voar! Nem podia dar nem doces nem travessuras; então, de forma cãocludente mais uma vez falhou a sua missão de atascar o dente!
O coitado bem queria  cãofraternizar, mas dolorido, queimado, cão  dores, cãodoível, descãocertado  cãotemplativo  e cãotrafeito - bêbado que nem um cacho -  ia em ziquezague sem cãoseguir ir a direito.
A terrível tia ria freneticamente como uma bruxa verdadeira: ria-se da desgraça do sobrinho, mas que grande cãocubineira!
O Cão Vicente podia até não ter jeito de cão; cãoquanto a sua amada tia era pior do que um batalhão!
Triste, só e abandonado. gelado de dor e a querer na sua cama, cãovalescença, lá saiu triste com o CãoCrodilo daquela festa cãoturbada  e extenuante e sem que a maléfica tia desse cãota deram de frosques num instante.
E, lá cãotinuaram a festejar as cãocubinas e agente de crédito delas, mais um grupo de cães sarnentos que gostavam de visitar as cadelas!
Entretanto, o Cão Vicente e os seus amigos, ébrios, descãotentes e nada giros - viam pássaros a voar e cãofundiam-nos cão vampiros!
Ó coitados destes seres agora vestidos de fantasmas...foram praticamente vítimas não só da intrépida tia, mas também das suas tramas!
Entre tramas e enredos, tostões queimados, fantasmas, bruxas, vampiros etc coisa e tal... esta noite de Halloween teve  cãotornos de cena surreal!
Mas nem mesmo assim, o cão aprendia as lições..sempre cãodoreiro para a próxima iria tentar repetir a façanha - este grande trapaceiro.
Não façam vocês como o Cão Vicente, não se armem ao que não são, não usem cãoversas de aldrabões, além de não ser bonito -pode aparecer alguém mais esperto e lá se vão os tostões!
E, assim termina esta história marada e descãocertante...até parece que uma bruxa amaldiçoou o amigo e o errante!




domingo, 4 de outubro de 2015

O Cão Vicente nas Urnas


Em dia eleições e pronto a ser eleito, temos de novo o prepotente e incãosequente cãodidato canino pronto a votar como se sempre o tivesse feito.
Ele tinha formado um partido político - o JPCV (Juntos pelo Cão Vicente) -até o nome do partido era egoísta e cãodenável, pois ele achava que era único e uma espécie de Santo  Cãodestável!
O nome do partido era algo cãojuratório,  a sua idiotice cãoflagrava do mesmo modo como uma guitarra num velório!
Todas as propostas políticas dele eram cãodenáveis e cãofutáveis - políticas de chacha e nada  recãomendáveis!
Resumindo o seu programa eleitoral - não há muito a dizer - é tão feio como o dia de hoje em que não pára de chover. O programa eleitoral cãoglobava o seguinte: casas na área fina pagas pelo cãotribuinte. Falava também em cerveja e carne à descricão sempre para os partidários da cãoligação. Dois dias a trabalhar e os outros de papo para o ar. Aumento da taxa cãotributiva  -só para meter ao bolso, mas dizia que era a única alternativa.
Sim, ele cão(ligou-se)  cão outro partido cãodenável  e de cães cãopulsivos - o MPAF (Movimento pela Área Fina) - da qual fazia parte a ex CãoCertina. 
Todos sabemos que eram arqui-inimigos, mas em questões políticas, por vezes há que esquecer os cãoflitos e os cãostigos.  Há que aproveitar e apelar ao voto e para o Cão Vicente, o que interessa é que votem nele custe e que cãostar e que fique bem na foto!
Ele entendia tanto de política como eu entendo de bricolage e de cãostrucão civil, mas o que era importante para ele era ganhar e passar por baril.
Fez uma cãopanha eleitoral bem fora do normal e nada cãosensual.  Ia às feiras por todo o país, ia à área fina, fazer a sua cãopanha e procurar uma cãocubina -meretriz cãovicta e pequenina!
Ele nem sabia sequer votar -  nunca tinha ido a uma, nem tinha feito o recenseamento  - foi fazer à pressa para poder ir para o parlamento.
Diziam que tinha de ir às urnas e ele fez uma grande cãofusão - cãofundiu a urna eleitoral com um caixão! E lá foi directo à funerária pronto para votar: foi tão grande o espanto de o verem ali, que até os mortos pareciam ressuscitar.
E, lá queria o auspicioso cão colocar o voto dentro do caixão - mas no fundo até cãorrespondia cão a sua política de podridão -que matava o eleitor mesmo antes da eleicão.
Depois da cãofusão das urnas com o caixão - lá foi ele à urna eleitoral votar -já todos sabiam que tinha ido à funerária e estavam todos a rir sem parar!
Não recebeu um único voto e, assim não se  cãosolidaram as suas intenções -nem as meninas da área fina votariam nele, nem sequer sem calções!
E cão as suas políticas de cãojuntura de caixão, assinou a sua sentença de morte e deu um grande trambolhão!
Coitado do Cão Vicente, armado em cãodestável e cãodescendente - não valia um tostão furado este canino cãotraproducente, sem cãotrolo e incãosequente!





quarta-feira, 23 de setembro de 2015

As Novas Aventuras do Cão Vicente - o Regresso às Aulas


Cá temos novamente e cão muitas cãotradições, cãoplicações, cãofusões, cãomichões e tantos outros «ões», o nosso amigo cão cãoplicómetro incorporado, cão GPS cãotrafeito  e avariado: o famoso, medroso, prepotente - o ser de quatro patas, cuja (des)graça é Cão Vicente!
Após o período de férias longas e de papo para o ar: era agora tempo de à escola voltar. Apesar deste cão já ter uma profícua idade cãonina; era tão burro,  mas tão burro, mais burro que a Cadela Micãolina!
Lá ia ele todo pimpão de mochila às costas a cãobalear pela rua,  encãoto comia umas amanteigadas tostas.
Cão  uma cãoculadora para fazer cãotas às escondidas; pois, de Matemática também nada entendia... Para ele nem Português, seja o que for; muito menos Geografia!
Em vez de puxar pela cãobeça (que diga-se de passagem que lá só tinha ar e um ciclónico vento), preferia usar a aldrabice com mestria e (des)cãotentamento e impregnado de brejeirice!
O Cão Vicente além de ladrar mal, era igualmente daltónico, disléxico e incãosequente; cãofundia do mesmo modo, a direita, da esquerda, ó que cãotraproducente! Nem com o relógio de pulso no lado esquerdo -ele sabia distinguir as direcções: nem com GPS instalado no meio... dos calções!
Não sabia as letras, nem os números, nem coisa alguma. A História era um zero à esquerda, sem sombra de dúvida nenhuma! Para ele D. Afonso Henriques não foi o primeiro rei de Portugal, foi um jogador de futebol tipo Ronaldo, daqueles sem igual, que jogava a cãotra-ataque com os mouros para os chutar para fora de Portugal, Foi um jogador a valer, corria com mouros e até pôs a mãe a cãorrer!
Ele fazia cãofusão: o Algarve ficava no Minho, o Minho no Algarve; o Alentejo na Beira Alta, a Beira Alta no Alentejo; a Madeira nos Açores, os Açores na Madeira e, assim por diante, cãofundia tudo de sobremaneira!
Ele só entendia de cãofissões mentirosas, de gastar dinheiro e de fraudulentos negócios, de tentar enganar cadelas bonitas e arranjar cãovencidos e trambiqueiros sócios!
No primeiro dia de aulas lá ia ele todo cãotente, cãonhecer  os colegas e as professoras naquele dia diferente.
Mal tirou os seus cadernos foi um descãolabro total - os cadernos encãopados com pornografia: ora vejam lá, que grande animal!
A professora titular pediu para ele ler o texto em latir alto; mas trocava tudo, descãonhecia as letras .não foi ajuda nenhuma para os colegas.
Quanto às cãotinhas só sabia somar -era a sua operação preferida -era para somar as parcelas de dinheiro que ele queria cãoseguir com aldrabices; mas, até nisso, ele fazia uma gincana de cãotabilidade com um ponto crítico bem, mas bem negativo!
De Geografia e História, já se sabe -nem adianta escrever mais. Ele era também um cábula de grande monta, respondia às professoras, desafiador e em tom de afronta!
Nada sabia, nada de bom acrescentava -era uma cãobeça oca e descãocertada!
Era mesmo um caso perdido -sem esperanças no futuro -bronco e cãocomitantemente ignorante -sem dúvida alguma, o pior estudante.
Bem pior do que o Menino Tonecas -esse, ao menos tinha piada; estes estava cãodenado a ser o mestre da salgalhada!
No seu primeiro dia de aulas, o Cão Vicente, tentou trapacear os colegas, como seria de esperar, até no recreio se divertia a pregar rasteiras -atitude cãodenável deste cãoflitante ser - ia de asneira em asneira até não mais poder.
Cãostantemente cãostigado e sem se importar com a empreitada do bem -este cão, este cão parecia um dia de nevoeiro cãodensado num dia que não lembra a ninguém.
Arreliava tudo e todos, cheio de taras e manias - foi expulso da escola -não durou nem 7 dias.
Depois de uma semana, um record fenomenal, decidiu pelas aulas online para não ser expulso de forma cãosensual.
Cão sem eira nem beira, cãosignado pela sua própria tola ao fracasso, na sua personalidade, também cãospirava o palhaço.
Não aproveitava o melhor da vida, as oportunidades para melhorar este cãojurado animal -queria ser besta sem saber o que era ser bestial!
E, foi assim, o regresso às aulas do famoso Cão Vicente -o estudante descãocentrado e irreverente!
Não pensem pais que vossos filhos são os piores  -vejam o exemplo deste cão que nunca teve dias melhores!



As Novas Aventuras do Cão Vicente - As férias e o seu regresso cãoturbado


Após um período longo de férias, cá entra em cãotracena neste palco da vida, tão (in)cãocreta e (in)definida o incãosolável Cão Vicente: o cãonídeo de raça duvidosa, trapaceira, matreira, incãosequente e intransigente!
Ausente deste teatro (in)cãostante, o actor principal: eis o regresso dele agora depois de um périplo cãotrariado por Portugal. O que ele queria mesmo era  ter viajado pelo cãotinente europeu.
Andou pelas festas populares do mês de Junho, quase, até ,que ia levado por uma rabanada de vento num balão de S. João; porém, foi salvo pelo CãoCrodilo -seu amigo fiel de todo o tipo de cãopadrio.
Tal como muitos portugueses rumou também a sul. Todos os anos lá ia ele, cãopiosamente para o Algarve. O intuito dele não era tanto o  de descãosar -ele queria tornar-se no novo Zezé Cãomarinha - versão quatro patas  e inglês de praia, calções apertados nos «ões» e caudinha a dar a dar!
Havia tanta cãomone na praia em biquíni, trajes menores e fazer chichi; algumas só em pêlo mesmo, que o cão até ficou com olhos em bico tipo chinês: apanhou, até mesmo uma cãojuntivite. mas à português.
Ele não sabia, como é evidente ladrar Inglês, cãofirmava-se um chorrilho de asneiras em Portinglês! Então, a escrever, era ainda pior -trocava cãosoantes por vogais, vogais por  cãosoantes, palavras homónimas, homógrafas, homófonas e parónimas - era tanto o mar de bacoradas, que até a maré enchia mais depressa cão tantas baboseiras nada cãoceituadas.
Ele escrevia  bilhetinhos e colava junto um cãotraceptivo e escrevia assim:
- Hello, my deer, my sweater, my name is Cão Vicente, I esperate you for a adventura. My number is..... my email enderess is...Plize, cow me! I am a biutiful and intelligent dog! Nice to mete you! You are the sunshine of my knife! You and I, you and me, tink death! E era assim também que ele falava para elas, tentando ladrar estrangeiro, mas não havia volta a dar -era pavoroso e incãopetente, incãosequente - nada havia a cãofutar -ele era uma verdadeira lástima; porém, gostava de se pavonear!
Muitas delas mandavam-no logo àquela parte - Shit, shit e mais shit. Algumas diziam alto e bom som; outras escreviam com resposta ao bilhetinho deste cãosternado animal canídeo -shit, que ele cãofundia com sheet e pensou que elas queriam uma folha para lhe poder responder; mas não, elas só o queriam mandar àquele resultado do processo digestivo que se refere às fezes expelidas por um organismo vivo, usualmente expulsas do corpo pelo ânus; já se estava mesmo a ver. Mandaram-no também «ir auto-fecundar-se, já que era filho daquela senhora que ocasionalmente realiza desejos extra-conjugais remunerados», estão a ver?!
Descãotente cão a sua vida nada cãociliante cão o tino e o respeito - ele decidiu partir , porém armado em importante e de peito feito! Ladrar Inglês, que ideia peregrina, parecia mais falar cãocanim (concanim -língua vulgar do território de Goa; língua falada no Concão): além do fraco nível da shakesperiana língua, faltava sempre o pilim!
Já tinha andado pelo S. João; foi atingido por um balão; foi para o Algarve e, levou de novo nas orelhas, pois então; por esses motivos e mais alguns e por ser um cãonana sem igual (ver conana que significa homem mulherengo; maricas) - resolveu infiltrar-se na Volta a Portugal!
Não sabia andar de bicicleta, não sabia nada, só queria protagonismo e enganar mais cadelas menos precavidas -armado em rei da cãoquista; mas mais parecia um canário à procura de alpista!
Foi uma autêntica rebaldaria: um cão a andar de bicicleta não passa despercebido: nem em Portugal, nem na  Cãochinchina, nem em local no mundo algum; nem mesmo na dita zona fina!
Queria ser cãomisola amarela, vencer etapas para poder beber espumante ao lado das belas meninas; todavia, quem iria dar crédito a um aldrabão que só queria fama e cãocubinas!
Lá ia ele no seu velocípede a querer ultrapassar, usar de meios pouco ortodoxos e trapacear para passar para a frente da corrida cão a mesma pressa que uma beata, quando se quer ir cãofessar! Ó que grandes cãoflitentes - falam tanto de vida alheia tal como o Cão Vicente mente cão todos  os dentes!
Gostava de passar a perna, o grandíssimo e cãoflituoso cão. Não sabia andar de velocípede e batia cão a bunda no chão! E, por todo o país, lá ia ele, tal imperador da infiltração, que era sempre corrido a pontapé que quase ia parar ao Cãozaquistão.
Incãoformado cão tamanha vida desdita, ainda tentou subir a Senhora da Graça; mas, não podia nem cão uma gata pelo rabo, quanto mais subir tanto sem fazer trapaça!
Estava incãosolado e fez um périplo pelas festas e romarias portuguesas; foi até à Senhora da Agonia com a sua velha tia! De facto, era mesmo uma agonia tal cão-  que só sabia cão(fluir) para a asneira tal como o ovo estrelado cãoflui para a frigideira!
Decidiu igualmente que iria passar pelo cãocelho de Ovar, não só pelo pão-de-ló; como também, para vir às festas para se fazer notar: ir a Esmoriz, Cortegaça e Furadouro - todo pimpão, de chapéu à cowboy tipo Zé Amaro, armado em touro, querendo fazer «Carreira» de cantor e juntamente cão o seu amigo CãoCrodilo a quererem passar por uma espécie de «Irmãos Leais» - só que neles, não acreditavam, nem os pardais.
Passou pela Senhora da Ajuda em Espinho...acabou o circuito festivo a cheirar a vinho!
Ainda resolveu fazer uns dias de praia antes de voltar à escola para ficar mais sapiente, porque era mais burro do que alguns cãocorrentes de um tal programa televisivo deprimente!
Depois de tantas desventuras e aventuras, cá se despede o Cão Vicente que voltará cão a mochila às costas para todo o leitor que o queira ler e ficar deprimente, desculpem, (des)cãotente!




sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Ainda o Desconcerto do Mundo


Já escrevia o  ditoso poeta, com pena,
Sobre o desconcerto do Mundo...
Tinha a consciência plena...da...
Humanidade afogada num poço profundo!


Mudam-se os tempos e as vontades
Até a confiança e o nosso ser...
Por que insiste o Homem em maldades?
Ai, artérias entupidas dum Coração a sofrer!


Eu, com olhos da cor do limão,
Nos campos das meninas do meu olhar
Vejo também a ignóbil e vil destruição
Ó,  Humanidade sem saber amar!

Alma minha, gentil, que não quer partir
Não, não, quero ficar descontente...
Talvez ainda possamos deleitosamente sorrir,
Por ainda haver, Humanidade de alma fulgente!

O Homem também pode, a cura ser;
Deste mundo ferido que dói, mas faz sentir,
Que apela ao fogo que arde sem se ver
O amor que desatina para nos fazer progredir!

Que o Amor não morra como Dinamene,
Que cante o peito ilustre da Felicidade
Para que não seja sentimento perene
Neste desconcerto que...
Procura a Ilha dos Amores em tom solene!

Versos inspirados em Camões e alguns dos seus versos
O Desconcerto do Mundo continua actual, mas o remédio continua a ser o mesmo, o Amor na esfera de um infinito sem igual!









terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Princesa Grão de Arroz



Não vamos começar esta história por: «era um vez» - é uma seca a valer e, esta vai ser uma história fixe, podem crer! 

Esta será uma história moderna com algumas influências do passado; mas, certamente irão passar aqui neste Reino da Imaginação -um bom bocado!

A Princesa Grão de Arroz não era uma princesa  dita normal; todavia, ela era bem especial.

Vivia no longínquo Reino das Lezírias Encantadas, a seguir à localidade das Ervas Douradas! 
Aquele reino encantado estava cheio de arrozais -as lezírias, que em vez de milho, o primeiro grão de arroz era sempre para os pardais.

Era lindo aquele reino encantado de arrozais e de míriades de flores: local ideal para viver grandes amores -  local romântico, belo e de muitas cores variadas, com lagos e rios e chilreadas musicadas!

Na terra da Princesa, apesar de alguns problemas, como é natural -vivia-se em clima de harmonia, até que um dia... as coisas mudaram e a maldade atroz instalou-se nesta terra outrora de alegria.

Aquela era a cidade da democracia - era um reino, mas era o povo que  o novo rei ou rainha, escolhia. 

Só que um dia, como acontecia tantas vezes em outros reinos, o povo votou mal, porque confiou num aldrabão e corrupto sem igual!
História que, com certeza vos parece familiar; porém, para a conhecer melhor vou ter de vos contar.

Corruptus Horribilis era um homem bem falante, que parecia de confiança; todavia, era um homem não de confiança, mas ao invés era cheio de manha e de exuberância.

Usava a política para se promover, encher-se à custa do povo, fazendo-o sofrer.

A Princesa Grão de Arroz, que se chamava assim por ser baixinha; estava agora ainda mais pequenina. Como a princesa e a família eram pessoas influentes e queridas naquela cidade - o terrível homem chamou um bruxo seu amigo que lançou um feitiço para toda a eternidade!

Ela ficou condenada a ser do tamanho de um grão-de-arroz   - mais pequena do que o Pequeno Polegar; bem mais do que possam imaginar!

O seu pai, o Rei Arroz Carolino e a sua mãe Arroz Agulha, por ser muito delgadinha, foram condenados a ficar também em grão, mas dentro de uma saquinha.

Teria de haver uma solução para reverter o feitiço e quebrar o enguiço.

Enquanto isso, quem poderia realmente fazer algo mais pela cidade tinha sido vítima do Corruptus Horribilis -ser grotesco, até mesmo dantesco! Até os habitantes do Reino das Lezírias Encantadas poderiam alguma coisa fazer; era tal o adormecimento, o medo de lutar, que até parecia que esse ser horrendo os estava a hipnotizar. E, talvez, fosse mesmo uma hipótese a explorar!

O povo sem voz, cansado, que não ousava lutar - precisavam de um líder para os poder guiar.

A Princesa Grão de Arroz lá bem do alto da sua pequeníssima estatura -  era a única capaz de levar a cabo tamanha envergadura.

Porém...primeiro teria de descobrir, a maneira de quebrar o feitiço e descobrir o seu elixir. Não, para ela, não poderia haver eternidade e, por isso, procurou o Anjo da Bondade.

Então, o Anjo da Bondade, disse:
- Cara Princesa, a bondade e o amor são a resposta procurada, mas olha que é preciso que lideres o teu povo, que tanto sofre com tanta maldade comprovada. Não te esqueças que todos devem lutar; caso contrário, o feitiço não se desfaz - é isso, que é preciso ser feito, mas a humanidade é tão fugaz!...
 - Obrigada, amigo Anjo, assim irei fazer -respondeu a Princesa. 

E, assim, partiu a princesa confiante, esperançosa e destemida, destinada a ser líder de um povo de vida sofrida.

Com a sua inteligência e esperteza arquitectou um plano com o princípe e a princesa da terra vizinham que também quiseram ajudar...Não gostavam de ver um povo triste e a definhar! 

Decidiram, assim, que o melhor modo de derrotar o vilão seria com inteligência: fazê-lo provar do próprio veneno e, deste modo, apanhá-lo nas suas mentiras e crimes em pleno!

Todos sabiam também como era vaidoso e gabarolas - conceberam um plano em que ele pensava que iria ter o poder; só que era apenas uma armadilha para o pôr a correr. Ele acabava sempre por adulterar o resultado das eleições - por isso, ganhava sempre nem que fosse a feijões!

Todavia...os seus dias de «reinado» estavam a chegar ao fim; iria ser julgado e devolver a todos o roubado pilim.

Castigado, preso e envergonhado - o horrível homem teve o justo fado!

Os feitiços quebraram-se: o povo voltou a eleger o seu candidato democraticamente; ou melhor, candidadata, porque quem ganhou foi a Princesa Grão de Arroz, naturalmente. O seu pai e a sua mãe ajudavam-na também; mas, quem governava com ela era a princesa da terra mesmo a seguir...a Princesa do Belo Sorrir.

O seu irmão o Princípe Contente também acabou por o Reino das Lezírias, adoptar e conheceu um belo rapaz com o qual se quis casar.

A Princesa Grão de Arroz, bela, mas não tão pequenina, casou com a Princesa do Belo Sorrir - sorridente e com ar de menina.

Viveram felizes até o seu amor durar e esperemos que seja para sempre, para o poderem perpetuar!

E, assim, termina esta história moderna e pensada também no presente; porque o que interessa é o Amor, lutar pelo que se acredita, não cruzar braços e também não marginalizar quem é diferente.

Cada um é feliz à sua maneira, esta é uma grande lição; outra é que todos erramos, mas juntos podemos lutar contra a corrupção!



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